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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

BROTAS HISTÓRIA - CELEBRAÇÃO DO CENTENARIO DE NASCIMENTO DE TERÊSA LIMA OLIVEIRA CAMPOS

 

 

Celebração do Centenário de Nascimento de

TERÊSA LIMA OLIVEIRA CAMPOS


Por Zilca Lenira Oliveira Campos –

Brotas de Macaúbas/Bahia, 13 de outubro de 2023.

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Celebramos hoje o Centenário de Nascimento dessa grande mulher, natural da cidade da Barra do Rio Grande, mas uma verdadeira e querida brotense, tanto em razão de ter vivido em nossa cidade parte de sua infância e início da adolescência, como por ter retornado a Brotas de Macaúbas logo após a sua diplomação como Professora Primária  e o seu casamento com o brotense Nivaldo Rosa Campos, com quem constituiu sua família.

A Professora Teresinha Lima, como era por todos conhecida, tinha verdadeiro amor por Brotas de Macaúbas e dedicou praticamente toda a sua vida ao Ensino e Valores da Educação em nossa terra.  Professora e depois Delegada Escolar, teve fundamental importância na formação da sociedade brotense em seu tempo e para sempre, pois deixou um enorme legado de conhecimento, respeito, responsabilidade e valores éticos, intrínsecos à sua personalidade e profissão.

Terêsa Lima Oliveira Campos, além de educadora, era exemplo de bondade, sinceridade, generosidade, compaixão e amor ao próximo. Dedicou sua vida à sua família e encaminhou muitas pessoas na trajetória de suas vidas, com zelo, humildade e amor.

A sua contribuição na qualidade da Educação em Brotas de Macaúbas é inegável e muito orgulha a nossa família.

A ela, o nosso reconhecimento, nossa gratidão e o nosso Amor!

 

O CENTENÁRIO.

TERÊSA LIMA OLIVEIRA CAMPOS nasceu em 13 de outubro de 1923, na cidade de Barra do Rio Grande, Bahia. Em seu Registro Geral constava o nome de Batismo, Terêsa de Meira Lima e Oliveira, alterado após ter contraído núpcias com Nivaldo Rosa Campos. Celebramos hoje o Centenário de nascimento da Professora Teresinha Lima, como era carinhosa e respeitosamente conhecida em Brotas de Macaúbas.

OS PAIS.

Era a primeira filha do casal Antônio Pinto de Oliveira e Martinha de Meira Lima e Oliveira, naturais da cidade de Barra do Grande, Bahia, famílias tradicionais em sua cidade natal.

Antônio Pinto de Oliveira e Martinha de Meira Lima e Oliveira casaram-se em Barra do Rio Grande e tiveram quatro filhos. Ele era funcionário dos Correios e Telégrafos na cidade de Barra, sendo depois transferido para a cidade de Formosa do Rio Preto, Bahia. Era proprietário de terras agricultáveis nos municípios de Barra (Sambaíba) e Formosa do Rio Preto. Ela era de prendas do lar.   

Mariazinha com Edilson, Zilca  e Antônio Pinto de Oliveira

Lamentamos não termos encontrado foto de Martinha de Meira Lima e Oliveira, sua Mãe.

OS AVÓS

Os Avós Paternos eram: João Pinto de Oliveira e Maria Etelvina do Nascimento Oliveira.

Os Avós Maternos eram: Luís Catarino de Meira Lima e Terêsa de Meira Lima.

OS IRMÃOS

Antônio Pinto de Oliveira Filho, Maria Etelvina Lima de Oliveira e Nívea Pinto Silva eram seus queridos irmãos. Nívea ficou com o sobrenome completamente diferente dos irmãos, pois no seu Registro de Nascimento não foi incluído o sobrenome Oliveira e sim Meira Pinto, ficando Nívea Meira Pinto. Com o casamento dela com Álvaro José da Silva, passou a chamar-se Nívea Pinto Silva. 

Os três irmãos também nasceram na cidade de Barra do Rio Grande. Foram criados juntos quando pequenos, mas depois se separaram, por motivos diversos. Teresinha veio morar em Brotas de Macaúbas, aos sete anos de idade, para ser criada por sua tia e madrinha, a Professora Maria de Meira Lima Costa, D. Cotinha, a quem chamava de Dindinha. Tonho e Mariazinha, como eram chamados, foram criados na Barra, até que ele foi morar no Rio de Janeiro e ela permaneceu na Barra, até ir morar em Salvador.  Nívea também veio morar em Brotas de Macaúbas com a Professora Cotinha, sua tia, que ela também chamava de Dindinha. A Mãe deles, Martinha de Meira Lima e Oliveira, gêmea de Martinho de Meira Lima, faleceu cedo, aos quarenta e quatro anos de idade, na cidade da Barra. Mesmo morando distantes, os irmãos sempre se encontravam e eram grandes amigos. As três mulheres formaram-se Professoras e o irmão trabalhava como mecânico.

ANTÔNIO PINTO DE OLIVEIRA FILHO (TONHO) O segundo filho do casal e único irmão. Casou-se no Rio de Janeiro com Santilha Rodrigues de Oliveira, que tinha o apelido de Dorinha, com quem teve quatro filhos: Ivan, Ivany, Wagner, in memorian e Wânia. Viúvo, casou-se depois com Eva Oliveira, que já tinha os filhos Carlos e Doris e tiveram o filho do casal, Alexandre. Ele também era Pai de Roberto Pinto de Oliveira, fruto de um relacionamento anterior ao seu casamento com Eva.  Teresinha tinha imenso amor pelo irmão e ajudou a cuidar dos sobrinhos, especialmente Ivan e Ivany, que passaram uma temporada morando com a família dela, em Brotas de Macaúbas. Ele partiu para a Eternidade aos sessenta e cinco anos de idade, no dia 14.07.1992, no Rio de Janeiro, vítima de enfarto.  Ela sofreu muito com essa perda precoce e inesperada do único irmão, mas aceitou com resignação a vontade de Deus.

MARIA ETELVINA LIMA DE OLIVEIRA (MARIAZINHA) era a irmã muito querida, que ela chamava carinhosamente de Mara. Professora também, formada no Colégio Santa Eufrásia na Barra como a irmã, casou-se com João Barros e tiveram uma filha, Magnólia, que faleceu ainda bebê. Mas Mariazinha era Mãe adotiva de Wânia, sobrinha das duas, que pegou para criar recém-nascida, em virtude da morte da mãe, Dorinha. Mudou-se para Salvador, onde foi Professora e Diretora Escolar até se aposentar. As duas estreitaram o amor fraternal, quando Teresinha veio morar em Salvador, para acompanhar a continuidade da educação dos filhos. Chorou muito quando Mariazinha, mais nova que ela, partiu para a Eternidade primeiro, em 26.11.2002.   

NÍVEA PINTO SILVA  a irmã caçula, muito amada, a quem ela chamava carinhosamente de Nivinha. Eram muito próximas, conversavam muito e se visitavam sempre, pois moravam na mesma cidade. Também Professora, formada no mesmo Colégio Santa Eufrásia, era Diretora Escolar em Brotas de Macaúbas.  Nívea casou-se com Álvaro José da Silva e deu a ela cinco sobrinhas, que ela amava intensamente: Rilza Maiave, Nádja Cleide, Linamar, Ana Lúcia e Adriana. O amor e convivência das duas irmãs também se intensificou, quando Nívea veio morar em Salvador. Nívea foi quem sofreu com a partida de Teresinha em 2009. Ela viria a falecer em 03.06.2013.

As três irmãs e o irmão agora estão juntos, na Morada Celestial. 

 

 O  BATISMO

Terêsa de Meira Lima e Oliveira foi  Batizada na Igreja Bom Jesus, em 16.12.1923, tendo como celebrante o Monsenhor Anísio Alves Esteves.  Seus padrinhos foram Manoel da Silva Galvão e a Professora Maria de Meira Lima Costa, sua tia e o amigo de seus pais. Católicos praticantes, apresentaram todos os filhos à Comunidade Católica da Igreja, levando-os à Pia Batismal, escolhendo para eles a religião católica, mais tarde confirmada por todos pelo sacramento da Crisma.

TERRA NATAL

A cidade de Barra do Rio Grande, sua querida terra natal, era o seu Paraíso até vir morar em Brotas de Macaúbas. Ela se encantava com a linda paisagem formada pelos dois rios que ali se encontram: o Rio São Francisco e o Rio Grande. A água “cor de rosa” do Rio São Francisco não se mistura com a água “escura” do Rio Grande, formando o belo cartão postal da cidade.

Entrada da cidade de Barra do Rio Grande – Águas do Rio São Francisco e do Rio Negro.

O Cais que dá acesso à cidade trazia à sua memória as lembranças das inúmeras viagens que fazia a bordo dos vapores ou barcas que navegavam naquelas águas, seja quando vinha de Formosa do Rio Preto na juventude ou de Morpará, procedente de Brota de Macaúbas, inicialmente sozinha para estudar e depois trazendo os filhos para visitas à sua família e ao seu esposo Nivaldo, que passou uma temporada morando e trabalhando na cidade. Os valores Benjamim Constant, Wenceslau Guimarães  e Engenheiro Halfred eram os seus preferidos para embarcar com as crianças, em Morpará, rumo à Barra.

A imagem do antigo e muito simples Cais da Barra deu lugar a uma linda imagem do novo Cais, reformado e moderno.
















 Cais antigo – Acesso à cidade da Barra do Rio Grande

A INFÂNCIA DE TERÊSA LIMA OLIVEIRA CAMPOS

Os primeiros seis anos foram vividos na Barra do Rio Grande, com os pais e irmãos. Família simples, mas muito unida e religiosa, praticante da fé católica, orientada pelos avós e bisavós. Ela contava que era uma menina muito tranquila e quietinha, estudiosa e obediente, enquanto sua irmã Mariazinha era “espoleta”. O irmão Tonho não gostava de estudar, por isso não se formou. E a caçula Nívea conviveu pouco com os irmãos, pois veio morar em Brotas de Macaúbas, após a morte de sua Mãe Martinha.  Aos sete anos,  Teresinha  veio morar em Brotas de Macaúbas com a tia Cotinha. Continuava estudiosa e obediente, ajudava nas tarefas domésticas e brincava com as amigas de infância, especialmente Eunice Rosa Campos e Edelsita Rosa. Contava com os cuidados de duas pessoas queridas que moravam com a Professora Cotinha: Maria Zeferina de Meneses, Tia Maria e Minervina de Souza Santos, Miné. Nessa época já “tirava umas linhadas” com o adolescente Nivaldo Rosa Campos, que ela achava muito bonito. Aos treze anos voltou para a cidade da Barra para estudar no Colégio Santa Eufrásia. Pouco tempo depois do seu retorno à Barra, sua Mãe partiu para a Eternidade. Ela tinha essa dor no coração. Estava tão feliz porque ia ficar perto da Mãe e foi muito pouco tempo, apenas quatro meses. Já doente e sabendo que poderia falecer logo, sua Mãe pediu a seu Pai, Antônio Pinto de Oliveira, para casar-se com irmã dela, Joana Nepomuceno de Oliveira, Ponossa, a fim de garantir que os filhos seriam bem cuidados pela tia e não sofreriam maus tratos. Assim ocorreu e os irmãos foram criados pela tia, que passou a ser uma verdadeira Mãe.  Tinham também o apoio das tias: Ana de Meira Lima, Nanoca, irmã da Mãe e Antônia Pinto de Souza, irmã do Pai, ambas muito amadas por ela. Tia Antônia era mãe da prima Arcanja Pinto de Souza Dysarz, que ela chamva Arcanjinha,  e dos primos Edson e Milton. Ainda contava com o amor do tio Chiquinho, Francisco Pinto de Oliveira e sua esposa, tia Edisse, pais das queridas primas Cacilda e Nelma.  

Antônio Pinto de Oliveira e Ponossa – Batizado de Edilson.

O Pai, designado pelos Correios e Telégrafos para trabalhar em Formosa do Rio Preto, com os filhos já adultos, separou-se da tia Ponossa e tornou-se também agricultor naquela cidade. Lá constituiu outra família e teve mais cindo filhos: Manoel, Maria, Rita, Sidônio e Simário. Esses irmãos   eram muito amados por Teresinha e seus irmãos.  O Pai Antônio Pinto, que era muito bonito e galante, teve outras duas filhas: Rosa e Rita. As duas eram também muito queridas por todos os irmãos. Nessa época, Teresinha gostava de passar as férias escolares em Formosa do Rio Preto com o Pai e adorava a viagem entre as duas cidades a bordo do vaporzinho JANSSEN. Esse meio de transporte era também uma espécie de ponto comercial ambulante, pois transportava e vendia mantimentos e frutas, especialmente as que ela adorava, cajuí e banana passa.

A ADOLESCÊNCIA

A jovem adolescente seguiu o seu caminho, continuou os estudos, concluiu o Curso Normal no Colégio Santa Eufrásia, com Distinção e Louvor. Era exemplo de aluna dedicada e estudiosa e as freiras do Colégio lhe rasgavam elogios.

O Colégio Santa Eufrásia era referência como Instituição de Ensino Feminina, na cidade da Barra e na Bahia. As estudantes ali formadas eram logo contratadas pela Secretaria de Educação em seus Municípios e desempenhavam o Magistério com capacidade e dedicação.

O Colégio era famoso não só pela qualidade do Ensino, mas pelo compromisso de educar as jovens, proporcionando-lhes formação religiosa e conduta exemplar para a vida em sociedade. Para tanto, exigia muito das alunas. Todas tinham que assistir à missa às 06:00 horas todos os dias, antes do café e do início das aulas.   Os métodos de ensino eram rigorosos, mas garantiam o conhecimento pedagógico capaz de garantir o sucesso das alunas em sua Profissão.

Teresinha contava que as alunas passavam o período letivo internas no Colégio e saíam para passar as férias com suas famílias. As que tinham namorados podiam encontrar seus amores, mas sob a vigilância das freiras. Aquelas que se interessavam por outras colegas, chamadas de “amigas particulares”, eram vigiadas e repreendidas. Mas isso não as impedia de continuar com esses romances secretos.

 

Ela tinha seu namorado em Brotas de Macaúbas, mas gostava de sair nas férias na Barra com suas amigas e colegas do Colégio para passear no cais do Rio Grande, tomar sorvete e conversar no Coreto. As suas melhores amigas eram Edelsita Rosa, brotense que ela chamava de Dé, Zenaide e Geni, de Xique-Xique, dentre outras. Como era muito estudiosa e sempre obtinha nota dez em todas as matérias, as freiras tinham muita admiração e confiança nela e a viam como modelo para as demais alunas. Ela também tinha enorme respeito e admiração pelas freiras, amava todas, especialmente a Madre Superiora, Irmã Balbina, que todas temiam. Já morando em Salvador, soube que a irmã Balbina, velhinha, residia em om Convento na Capital. Foi visita-la e ficaram horas relembrando os bons tempos do Santa Eufrásia. Pouco tempo depois a irmã Balbina faleceu.

Teresinha sempre dizia que um dos melhores períodos de sua vida foram os anos que viveu e estudou no Colégio Santa Eufrásia. 

A  JUVENTUDE

Teresinha era bem magra e de estatura mediana, sempre bem vestida e elegante. Na Barra, frequentava a Igreja com os irmãos e as tias e gostava de participar das festas típicas da cidade, especialmente o São João, época em que os barrenses rememoram as Batalhas de Riachuelo e Curuzu, ocorridas na luta pela Independência do Brasil na Bahia, realizadas até hoje.

Concluído o Curso Normal, retornou a Brotas de Macaúbas para lecionar, iniciando suas atividades como Professora contratada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia em 03.08.1944, Contrato no 12.097.

A jovem Professora gostava de passear com as amigas em Brotas e de ir às festas da cidade, agora cada vez mais interessada em seu antigo e querido Nivaldo Rosa Campos, o Valdim, como era chamado na época.

Dada a sua competência e dedicação como educadora, foi nomeada Delegada Escolar, em 14.07.1948, sendo responsável pelo Grupo Escolar Dr. Otávio Mangabeira na sede e todas as Escolas Públicas do Município de Brotas de Macaúbas. Foi também Diretora do Grupo Escolar Professora Maria de Meira Lima Costa, nomeada em 29.11.1975. Permaneceu no cargo de Delegada Escolar até a sua Aposentadoria, com um breve período de afastamento, por questões políticas. Nesse breve período que voltou para a sala de aula, teve a oportunidade de ensinar para a segunda geração, incluindo aí sua filha Lícia Layse e sua sobrinha Ana Lúcia. Logo foi reconduzida ao cargo de Delegada Escolar.

Naquela época, os Professores eram muito respeitados e até idolatrados pelos alunos. A Professora Teresinha não fugia à regra e era muito querida e admirada por seus alunos e pelos Professores, integrantes da rede pública de ensino no Município. Era também um tanto rigorosa e bastava um olhar para que os alunos logo se aquietassem, se não estivessem prestando atenção ou fazendo alguma travessura, como lembrava o ex-aluno Antônio Carlos Ribeiro, in memoriam.

Em tom de brincadeira, dizia que os filhos “ilustres” de Brotas de Macaúbas foram todos seus alunos. Destaque para Dr. Euvaldo Figueiredo Bastos – Médico; Dr. Marinaldo Figueiredo Bastos  - Juíz de Direito; Dr. Antônio Rodrigues Barbosa – Juiz de Direito, Dr. Antônio Carlos Ribeiro – Médico, dentre outros e as Professoras : Valnice Rosa Campos Leal, Clarice Andrade, Belita Andrade, Clarice Bastos, Agostina Campos Ribeiro, Mirian Ribeiro, Teresinha Isanira Ribeiro, Valdelice Martins, Noêmia Martins, todas preparadas no Curso Primário pela Professora Teresinha, para depois continuarem os estudos no Colégio Santa Eufrásia na Barra ou em Januária/MG e retornarem a Brotas como  Professoras, após a conclusão do Curso Normal.  Ela tinha o maior orgulho por ter sido responsável pelo sucesso profissional  desses alunos e alunas. E também de ter sido a Professora tão amada por alunas que ela muito amava, como Edinha Saldanha,  Marisa Rosa (in memoriam), Sônia Rosa e muitas outras.

COMO DELEGADA ESCOLAR

Foram mais de 25 anos exercendo as funções inerentes ao cardo de Delegada Escolar em Brotas de Macaúbas. Realizava constantes reuniões com as Diretoras Escolares e com os Professores, quando necessário. Preparava todas os Relatórios solicitados pela Secretaria da Educação e os encaminhava ao Órgão dentro dos prazos e com informações completas. Era o testemunho da sua conduta ilibada, do seu interesse e amor à causa da Educação, sua honrada e feliz escolha.

Em sua época, os Professores recebiam seus vencimentos através das Coletorias Estaduais e essas recebiam os valores provenientes da Secretaria da Educação em espécie, em envelopes lacrados para cada Professor.  Havia constantes atrasos no recebimento pelos Professores, tanto pela distância do Município em relação à Capital, como pelos processos burocráticos e decisões da própria Secretaria. Os educadores sofriam muito com esses atrasos, que comprometiam seus orçamentos, mas continuavam cumprindo suas obrigações por amor ao Ensino.  Certa vez, o atraso foi de treze meses, um ano e um mês sem receber seus proventos, o que levou os Professores a serem obrigados a recorrer à confiança e ao crédito junto aos fornecedores locais. Quando finalmente chegou o pagamento, a Professora Teresinha, assim como os demais Professores que recorreram a esse recurso, apressaram-se em pagar todos os compromissos assumidos. Ela era íntegra em todos os aspectos de sua vida.

A Professora Teresinha Lima, como Professora, Diretora e Delegada Escolar, foi exemplo de dedicação e competência na sua Profissão e deixou um grande legado a todos os seus alunos e aos Professores.  Em 10.11.1976, após 32 anos de serviço público, foi concedida a sua  Aposentadoria, pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Começava ali uma outra fase da sua vida, agora mais dedicada à família e aos amigos, em Brotas de Macaúbas.

O CASAMENTO

Desde o início da adolescência, antes de retornar à Barra do Rio Grande para estudar, o coração da jovem Teresinha já batia forte pelo também adolescente Nivaldo Rosa Campos e era correspondida. Os dois engataram o namoro, logo que ela voltou para Brotas de Macaúbas, já Professora.

Continuaram o romance por muitos anos, até que em 05 de setembro de 1952 casaram-se, em Oliveira dos Brejinhos, já que em Brotas de Macaúbas não havia Padre naquele ano. Ela contava que na viagem de volta, na boléia do caminhão do Sr.  João Bastos, um graveto  feriu levemente o rosto rosado do seu amado. Ficou penalizada e logo começaram os cuidados com o seu querido esposo.  A data escolhida para o casamento foi um presente para ele, que acabara de completar 31 anos de idade, em 04 de setembro daquele ano. Ela lembrava daquele dia feliz todos os anos e falava com orgulho, no dia 04 de setembro: hoje é o aniversário de Nivaldo e amanhã é o nosso aniversário de casamento. 

Nivaldo e Teresinha formavam um casal feliz e apaixonado. Dessa união nasceram cinco filhos, muito desejados e amados pelos pais: Zilca Lenira, Edilson, Nivaldo, Maria Lícia (in memoriam) e Lícia Layse.

Ela “morria de ciúme” dele e chegaram a enfrentar momentos difíceis no relacionamento, mas o amor sempre prevaleceu e continuaram juntos. Certa vez ele foi ao Rio de Janeiro com o sobrinho Nivaldo Rosa Campos Queiróz e, apesar de ter gostado muito do passeio, disse que sentiu muita fala dela e que nunca mais viajaria sem ela. Ela o acompanhou quando foi transferido para Caravelas/Bahia e passaram um bom tempo por lá. Fizeram viagens juntos para Prado e Alcobaça, curtindo momentos felizes no Sul da Bahia.  Viveram essa relação de amor por 38 anos, até a partida dele, em 29.04.1990. Ela sofreu terrivelmente essa perda inesperada, mas encontrou forças na fé em Deus para continuar sua missão com os filhos, por mais dezenove anos. 

FAMÍLIA ROSA CAMPOS

Teresinha foi sempre muito bem acolhida na Família Rosa Campos, do seu esposo. Passou a ser a nora querida de Artur da Silva Campos e Ricardina Rosa Campos, seus sogros. Era também admirada e amada pelos cunhados: Artur da Silva Campos Filho (Manim) e Joviniano Rosa Campos (Vena) e pelas cunhadas: Idalice Rosa Campos Queiróz, Eunice Rosa Campos, sua amiga de infância e Dilce Rosa Matos, sua vizinha de porta. Tratava a todos com muito amor, respeito e carinho. Todos os anos, quando seu cunhado Manim vinha de São Paulo passar as férias e Natal com a família, ela o presenteava com um delicioso licor de jenipapo, que preparava durante o ano todo em infusão e coava em flocos de algodão. Ele adorava a gentileza e agradecia sobremaneira aquele licor especial, no ponto exato de álcool e com o sabor da fruta, como só ela conseguia produzir. Ele era o irmão adorado do seu esposo Nivaldo. 

Pertencendo à família Rosa Campos, Teresinha passou a ser a tia de vinte e cinco sobrinhos. Era Madrinha de três deles. Todos a amavam e a maioria a chamava de Dindinha Teresinha. Só os últimos, filhos da cunhada Dilce, a chamavam de D. Teresinha. Mas ela os amava da mesma forma e era também muito amada por eles.

Enquanto morava em Brotas, participava ativamente dos encontros e festas dessa sua outra família. Mesmo quando passou a morar em Salvador e voltava a Brotas, gostava de visitar e receber a visita das cunhadas e sobrinhos. Ela amou intensamente a família de seu querido Nivaldo.  

 A FAMILIA OLIVEIRA CAMPOS

 ZILCA LENIRA OLIVEIRA CAMPOS.

Nascida em 13 de junho de 1954, em Brotas de Macaúbas, é a primeira filha do casal Nivaldo e Teresinha. Após dois anos de espera e um parto muito difícil, toda a família e amigos tiveram a felicidade de ver nascer uma linda bebê, normal e saudável.

A Mãe sugeriu o nome Gilca Lenita, mas o Pai o aperfeiçoou para o que ele achou lindo e único na cidade. Ele substituiu duas letras, passando de Gilca Lenita para Zilca Lenira. E adorava ser o responsável pela escolha, logo aprovada pela Mãe.

Atualmente Zilca Lenira Oliveira Campos mora em Salvador e é formada em Economia e Ciências Contábeis pela Universidade Federal da Bahia, servidora pública estadual, lotada na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. É Conselheira de Administração da SICOOB Cred Executivo, Vice-Diretora Administrativo-Financeira do Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia – IAF, integrante do grupo amador de teatro SORISOS e participante do Movimento Católico da Mãe Rainha.

É mãe da Psicóloga Violeta Campos Ribeiro Vilas Bôas, casada com o Engenheiro Civil Lucas Sant’anna Vilas Bôas e avó da linda e inteligente Aurora Campos Vilas Bôas.

EDILSON OLIVEIRA CAMPOS

Nascido no dia 22 de outubro de 1956, em Brotas de Macaúbas, teve seu nome sugerido pela tia Idalice Rosa Campos, uma homenagem ao Padre Edilson, que veio da Barra do Rio Grande para atuar na Paróquia de Brotas. A Mãe logo aprovou o nome porque era católica e o Padre vinha da sua terra natal.

É CEO (Diretor Geral) da empresa Logo Gestão Administração de Condomínios, criada por ele, com sede em Salvador e uma unidade em Brotas de Macaúbas. Dado o seu imenso amor pela cidade natal, transferiu toda a parte comercial da empresa para Brotas, onde construiu um prédio que abriga 230 funcionários, em sua maioria jovens brotenses que não precisam mais sair da cidade para trabalhar. Atua também no seguimento de hotelaria em Brotas de Macaúbas, onde possui a famosa Pousada Vovó Teresinha, homenagem perfeita à sua querida Mãe.

Foi casado em primeiras núpcias com Maise Campos, com quem tem um casal de filhos: Thaís Campos e Thiago Campos. Esses dois filhos deram-lhe cinco netos: Tainná, Pedro e Liz, filhos de Thaís e Lucas e Guilherme, filhos de Thiago. Do relacionamento com Carla Almeida tem a filha caçula, Ludmilla Almeida Campos. Atualmente é casado com Christiane Ferraz, com quem vive muito feliz e conta com a sua inestimável colaboração nos seus projetos em prol de Brotas de Macaúbas. Recentemente celebraram Bodas de Prata, 25 anos de União, com uma memorável festa no dia 01.07.2023, no Cerimonial Casa Baluarte, em Salvador.

É pré-candidato a Prefeito da cidade de Brotas de Macaúbas nas próximas eleições de 2024.

NIVALDO OLIVEIRA CAMPOS

Nascido em 23 de março de 1958, em Brotas de Macaúbas, é o segundo filho homem do casal Nivaldo e Terezinha. A escolha de seu nome foi de sua Mãe, que queria muito homenagear seu amado marido.  E uma feliz escolha, pois ele hoje é reconhecido por todos os familiares e amigos como um retrato do Pai, quase uma cópia.

Nivaldo Oliveira Campos desenvolve atividades nos empreendimentos de seu irmão Edilson, atuando na área comercial no escritório da Logo Gestão em Salvador. É também corretor de imóveis, atuando principalmente no mercado da capital baiana. Foi casado com Rita de Cássia  Maia Cardoso, com quem tem duas filhas: Carolina Maia Campos e Júlia Maia  Campos.

MARIA LÍCIA OLIVEIRA CAMPOS  (In Memoriam)  Nascida em 09 de outubro de 1960, faleceu em 01.03.1961.Teresinha e Nivaldo sofreram muito a perda dessa filha, tão desejada e querida como os outros. O Pai dizia que achava que ela não pertencia a esse mundo, pois, com poucos meses de vida, quando ele passava, ela o acompanhava com o olhar triste, como se estivesse sempre se despedindo. A Mãe não gostava de relembrar a breve vida de sua filhinha, tamanha era a dor por se sentir impotente para salvá-la e a saudade que a sua partida lhe trazia. Em sua homenagem, repetiu o nome LÍCIA na filha que nasceu em seguida. Hoje Maria Lícia está na companhia dos Pais, na Eternidade. 

 

LÍCIA LAYSE OLIVEIRA CAMPOS

Nascida em 13 de setembro de 1963, em Brotas de Macaúbas, é a filha caçula do casal Nivaldo e Terezinha.

Sua Mãe a desejou ansiosamente e queria lhe dar o mesmo nome da irmã, Maria Lícia. Mas foi aconselhada a não repetir o nome. Como ela achava o nome Lícia muito bonito, queria que fosse mantido. Incumbiu a filha Zilca de procurar um segundo nome, pois as filhas tinham que ter dois nomes. Pesquisando na revista Seleções, Zilca encontrou o nome Layse, que a Mãe logo aprovou e formou Lícia Layse. A dona do nome gosta muito dessa escolha materna.

Lícia Layse tornou a Drª. Lícia, médica Ginecologista e Obstetra, formada pela Escola Baiana de Medicina da Bahia. Exerce atualmente a sua profissão na Maternidade Maria Conceição de Jesus, da rede pública de saúde e também atua na iniciativa privada, na Clínica de Brotas – Salvador e na Fundação Dr. José Silveira. É respeitada e querida por seus pacientes, pela competência e excelente atendimento que lhes dispensa.

Lícia Layse Oliveira Campos contraiu núpcias com Damião Bregalda, felecido em 09.07.2022, passando a chamar-se Lícia Layse Campos Bregalda. Com ele tem o filho, Afonso  Campos Bregalda, casado com Marriele de Oliveira Sbruzzi Bregalda.

SUAS  PAIXÕES E SONHOS


Teresinha Lima não tinha grandes ambições de possuir bens materiais, fazer grandes viagens, ter muito dinheiro. Sua grande paixão era o Ensino. Ela se realizou como ser humano com a sua Profissão e deixou um grande legado para as gerações futuras em Brotas de Macaúbas, no campo educacional, assim como os seus valores morais e exemplos de bondade, generosidade, compaixão e amor à família, aos amigos e à Pátria.

Outra grande paixão era sua casa em Brotas de Macaúbas. Tinha o maior orgulho de dizer que ela mesma cuidou da decoração, quando alguém elogiava a sua morada. Gostava de comprar colchas bordadas para as camas, cuidava das plantas, comprava quadros e vários objetos de decoração, tudo para manter sua casa em perfeita ordem e ao seu gosto. Sua grande amiga Meirinha Cardoso Martins era uma das admiradoras de sua casa. E também a amida Raidalva Araújo Ferro, que sempre a visitava em sua casa e elogia a decoração.

Tinha o sonho de conhecer as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Seguro, terra do Descobrimento do Brasil.

Em 2001, suas filhas a neta Violeta a levaram ao Rio de Janeiro. Hospedada no apartamento de sua querida prima Arcanjinha, com a boa vontade e carinho da prima e de  Xavier Dysarz, In memoriam,  marido de Arcanja, conheceu Copacabana, Ipanema, o Morro da Urca (parte inferior), o Corcovado, Niterói e vários outros pontos turísticos do Rio.  Ficava encantada com tudo. Só não quis subir o Pão de Açúcar porque tinha receio de passar mal, por conta de possível alteração na sua pressão arterial.

Em 1996, foi a vez de Porto Seguro. Com suas duas filhas e a neta Violeta, visitou a cidade e também Trancoso e Arraial da Ajuda. A caminho desses dois lugares, em uma excursão de ônibus, participou ativamente das brincadeiras que o guia turístico fazia, inclusive a coreografia da música É o Tchan, que estava no auge naquele momento e todos faziam no passeio. Adorou a cidade, sua energia e a alegria dos visitantes.

Em 1998 visitou a cidade de Taubaté, em São Paulo, com sua filha Lícia Layse. Ficou hospedada no apartamento de Damião Bregalda, seu ex-genro, que ela tinha como um filho. Cercada de cuidados por ele, por seu neto Afonso Bregalda e outros membros da família Bregalda, visitou os pontos turísticos da cidade, a Igreja Santa Teresinha e ficou imensamente feliz por conhecer o Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

Dali iriam conhecer a capital de São Paulo, seu outro sonho. Mas ocorreu um problema de saúde, causado por mau funcionamento da vesícula. Acabou não indo a São Paulo capital e tendo que voltar a Salvador antes do previsto, onde fez cirurgia para retirada da vesícula. Como era “boa de boca” todos brincavam dizendo que ela exagerou nas delícias de pães e bolos fabricados pela amiga Aurora Bregalda, bem como os queijos e biscoitos amanteigados. Tudo que lhe ofereciam ela não dispensava. Mas a verdade é que sua vesícula já não estava funcionando bem.

A família sente-se feliz por ter proporcionado a ela a realização de seus sonhos de viagens.

SUAS GRANDES VIRTUDES E VALORES

Desde a sua infância Teresinha demonstrou que veio ao mundo mais para servir que para ser servida. Deixou o convívio dos seus pais e irmãos ainda criança para vir ser a filha da Professora Cotinha, em Brotas de Macaúbas. E foi uma filha amorosa e dedicada, até o seu retorno à Barra do Rio Grande para estudar, quando se dedicou aos cuidados com sua querida Mãe, Martinha, que logo partiu. Cuidou muito da tia Cotinha, até o fim da vida, juntamente com sua irmã Nívea.  E também das tias Ponossa e Nonoca, que faleceram em Brotas de Macaíbas.

Retornou a Brotas de Macaúbas para exercer a sua Profissão de Professora Primária. Ensinou aos seus alunos tudo que de melhor aprendeu no Colégio Santa Eufrásia. Além da instrução, ajudou a educá-los para a vida, sempre no seu estilo de abnegação e entrega, mas também exigindo respeito e dedicação. Um olhar seu, era uma ordem. E todos a amavam.

Formou sua própria família de cinco filhos, criados com muito amor e carinho, sacrificando-se para que nada lhes faltasse, mas também usando os métodos de educação próprios de sua época, não tão corretos hoje, mas sempre com a intenção de educá-los e prepará-los para a vida e o sucesso em suas caminhadas. Transmitiu-lhes os seus valores de honestidade, responsabilidade, coragem e dedicação.  Os filhos também a respeitavam e a amavam muito.

Ela era uma referência em Brotas de Macaíbas. Amada e respeitada, acolhia a todos, sem distinção. Graças a essa conduta, foi abençoada com pessoas que entraram em sua vida para ajudá-la nas tarefas da casa e a cuidar dos filhos, como Nitinha, Lindaura,  Laurita, Alice Sodré e tantas outras que a acompanharam em sua trajetória. Retribuiu a todas com o seu melhor, especialmente Lindaura, que chegou em sua casa menina, cresceu, casou-se com Wilson Rodrigues Almondes e lhe deu oito Afilhados, que ela muito amava e protegia. Todos os filhos de Lindaura a chamavam de Madrinha Teresinha.

Aos sábados, recebia em sua casa as mulheres que vinham da Colônia e do Araci para venderem os seus produtos: galinhas caipiras, ovos de quintal, frutas, carne de carneiro e porco, banha de porco, manteiga de garrafa, tudo que produziam em suas localidades. Além de comprar os produtos para a semana, ela lhes oferecia um café com “massa”, isto é, café acompanhado com beijú, biscoitos, batata doce, bolachas, aipim,  cuscuz, qualquer complemento que as deixasse alimentadas para o retorno, a pé, para suas casas. Em Brotas de Macaúbas não havia supermercados. Só o Mercado Municipal, mas Teresinha preferia comprar os alimentos nas mãos de suas “amigas” fornecedoras, aquelas mulheres guerreiras.

Também atendia com compaixão aquelas mulheres encarregadas de varrer as ruas de Brotas de Macaíbas. Quando passavam por sua porta, ela as chamava para tomar o mesmo café com “massa”, pois sabia que as mulheres estavam fazendo o seu trabalho praticamente em jejum e se sentiam fracas. Ela não deixava de servir aquele café.

Sabia cozinhar muito bem e sua comida trivial era muito elogiada pela família. Mas não gostava de estar na cozinha. Sua “praia” era o Ensino.  Mesmo sem se dedicar à cozinha, eram famosos os biscoitos de forno que fazia com a ajuda de Felizbela e Nenzinha. E os seus biscoitos “Fofão”, feitos com ovos e tapioca e fritos na gordura bem quente eram inigualáveis e desejados por todos, até enquanto pôde prepará-los.

Continuando com sua vocação para servir e seus sentimentos de responsabilidade e amor à família, quando foi solicitada pelos filhos para acompanhá-los nos estudos em Salvador, ela respondeu, tal como seu marido Nivaldo: “ meu lugar é onde estão meus filhos”. Mudou-se com ele para a Capital em 1977. Moraram inicialmente, na Federação, depois no Matatu.

Nesse período no Matatu, além de cuidar da família e participar com o marido e os filhos das tradicionais festas de Reveillón para os amigos e de acolher inúmeros brotenses que vinham a Salvador a passeio ou tratamento, ela realizou um grande feito ligado à Educação. Um dos filhos de Lindaura, Wilson Coelho Almondes, gêmeo de Dilson Coelho Almondes, não conseguiu aprender a ler e escrever em Brotas. O irmão gêmeo tornou –se Professor, enquanto o outro mal sabia as letras de seu nome. Veio morar com ela em Salvador, já adolescente. Mas a Professora Teresinha não podia se conformar com isso. Ela conseguiu alfabetizar Wilson em casa. Depois ele frequentou uma escola noturna no Tororó,  em Salvador,  e concluiu o curso primário. O jovem a agradecia todos os dias e dizia. “Oh Madrinha, como é bom saber ler e não ter que pegar o ônibus pela cor”. Ela sentia-se orgulhosa e muito feliz. Foi a sua última missão cumprida como Professora.

A família permaneceu no Matatu por longos anos e ela ficou lá até pouco tempo após a partida do esposo em 29.04.1990.

CONDOMÍNIO EDIFÍCIO MAR DAS CARAÍBAS

Percebendo a tristeza no coração de sua Mãe, em razão do falecimento do seu companheiro e grande amor de tantos anos, os filhos providenciaram a sua mudança para o Condomínio Edifício Mar das Caraíbas, no Candeal, onde já moravam suas filhas Zilca Lenira e Lícia Layse. Ela passou a morar com o filho Nivaldo Oliveira Campos. A família ocupava três dos quatro apartamentos do 7º andar do prédio. Depois ela passou a morar no 1º andar e, por último, no 5º andar, com a filha Licia Layse.

D. Teresinha, como logo ficou conhecida no Condomínio, fez grandes amizades com os vizinhos. Ela amava a todos e todos a amavam. Tinha um carinho especial por Aidil e Dr. João Teixeira e Elisabeth Santoro, seus amigos vizinhos do 1º andar, onde passou mais tempo. E também por Rita Macedo e Ney Cavalcanti, Maria Helena e Fafá e todos os funcionários do prédio na época, que cuidavam carinhosamente dela quando saía de casa ou fazia caminhadas no play ground, especialmente William Regis dos Santos e José Matos dos Santos, Zé.

Viveu no Mar das Caraíbas por quase dezoito anos. Ficava muito tempo em casa, lendo, rezando, assistindo televisão, sempre lúcida e antenada. Adorava a revista Caras, que era assinante. Estava sempre a par da vida dos artistas e gostava de fazer Palavras Cruzadas. Participou das eleições enquanto pode ir a Brotas votar, mesmo quando não era mais obrigada. Sentia orgulho em contribuir com o seu voto e acompanhava as campanhas eleitorais com todo entusiasmo. Chegou a escrever, de próprio punho, uma carta para José Serra, apoiando-o na sua candidatura à Presidência da República.

Como era, hipertensa e diabética e obesa, tinha sempre consultas marcadas com seus vários médicos especialistas. Adorava Dr. Almiro Vieira, Cardiologista, que a chamava de Teka e ela curtia muito esse apelido carinhoso. Também amava Dr. Osmário Salles,  Endocrinologista, a quem tinha que presentear todos os anos, no Natal.  Dr. Maurício Matos, Oftalmologista, que ela achava lindo e disse a ele que gostaria que ele se casasse com uma de suas filhas. Ele respondeu sorrindo que já era casado, senão faria a sua vontade. Dr. César Reis, Angiologista, Dra. Ilza Prudente, Ginecologista e Dra. Edna Prudente – Dentista, Dr. Alberto Leitão Guerra, Oftalmologista e muitos outros especialistas cuidaram dela por muito tempo e a tinham como uma paciente especial e muito querida. Ela os amava e dizia que seus Médicos e Enfermeiros eram seus Anjos. 

Quando completou 68 anos, dois anos, após a morte do seu saudoso Nivaldo, os filhos resolveram presenteá-la com uma linda festa de aniversário, no Salão de Festas do Mar das caraíbas. No início ela não queria, mas ficou imensamente feliz com a presença dos familiares e amigos, comemorando com ela o seu aniversário.

Daí em diante, foram comemorados com festa os 70 anos, os 75 anos e os 80 anos, todos no Salão de Festas do Mar das Caraíbas. Esta última, 80 anos, uma festa inesquecível para ela e todos. Estava linda, feliz e aproveitou cada minuto. Passou em todas as mesas, tirando fotos e cumprimentando todos os convidados. Recebeu uma linda homenagem da neta Violeta Campos Ribeiro e da netinha ainda garota, Carolina Maia Campos, ambas falando ao microfone em nome da família. Estavam presentes os filhos, netos, amigos dos filhos, amigos do Condomínio, muita gente para celebrar com ela aquela magna data. Suas amigas de Brotas todas estavam presentes: Terezinha Bastos, Ivone Bastos, Norberta Carrilho, Anaide Campos,  Rosinha, Lourdes Leite e Zilá Leite, Maria Helena e Fafá, Célia a Paulo e muitos outros amigos e amigas, Padre Edmilson, as amigas  cuidadoras, Maria Aparecida Gomes da Hora, Cidinha e Zilda Pereira Santos, Zildinha. As fotos testemunham a sua alegria e felicidade. Pregou um susto nos filhos no final da festa, quando passou mal, devido ao cansaço e ao excesso de docinhos que comeu, por ser o seu dia especial e que elevaram a sua glicemia. Mas foi só um susto.  Foi levada à Emergência e logo voltou ao seu normal. No dia seguinte, continuou a felicidade, com a abertura dos presentes. Adorou todos. Ganhou de presente um lindo poema, escrito pela querida amiga Anaide Campos, que faz parte dessa homenagem e resume tudo que ocorreu naquela linda noite de 13 de outubro de 2003.

Salvador, 13 de outubro de 2003.

Como Mãe, ela tinha um carinho especial pelos amigos e familiares de seus filhos. Tratava-os com toda atenção e os incluía em suas orações. Gostava muito de Valdecy Elpídio da Silva, Letícia Martins Barreto, Denide Pereira Santos, amigas de Zilca,  Zuleide. Quirino, amiga de Lícia e todos os amigos e familiares dos filhos e netos que a conheciam.  Mesmo com dificuldade para andar, aceitou o convite da filha Zilca Lenira para assistir à sua estréia como “atriz”, integrante do grupo de teatro amador  SoRisos, na peça Amor , Sexo e Esclerose, no Teatro da Barra. Ela curtiu muito o espetáculo e assistiu outras apresentações desse grupo de teatro, sempre para prestigiar a filha e seus amigos e também para se divertir. 

Por sugestão do filho Edilson, foi instituído um almoço às quartas-feiras, na casa de Lícia, onde ela passou a morar, servido pontualmente a partir das 12:00 horas, para ela ter contato com a família e todos desfrutarem da sua companhia. Foi um sucesso. Vinham os filhos, os amigos dos filhos e outros convidados. Ela adorava esses encontros. Às vezes ficava tão envolvida conversando com as pessoas, que esquecia de comer. Os almoços continuaram enquanto ela viveu, sendo sempre momentos de alegria e confraternização.

 


A VIDA ETERNA

 Mesmo com tantos cuidados da família e assistida por todos os médicos especialistas, a sua saúde era preocupante, devido aos efeitos do diabetes e descontrole da pressão arterial. Foram várias internações na Clínica Cardio Pulmonar, no Hospital Português, no Hospital da Bahia. Ela chegava ao Hospital muito mal, com a pressão muito alta, assustando a família. Mas era muito forte e tinha muita fé em Deus. Logo depois de medicada e estabilizada, voltava a sorrir e se sentia animada para recuperar a saúde, dentro das condições possíveis para a sua idade. Tinha um apetite invejável. Assim que se sentia melhor, comia com prazer tudo que lhe era servido, nada voltava na bandeja no Hospital. Recuperada, voltava para casa com força para mais outros anos.

Mas em 2005 foi acometida por uma gripe muito forte, teve um início de pneumonia. Recebeu o tratamento adequado, apresentou boa recuperação, mas sua saúde ficou muito debilitada. Teve Depressão. Ficava prostrada na cama, sem interesse em nada, o olhar no vazio. Com os antidepressivos e a ajuda da Psicóloga ... melhorou bastante e voltou a ter vontade de viver e sorrir.

Em 2009, passou o Reveillón com a família na casa de praia do filho Edilson, em Stella Mares. Assistiu à passagem daquele que seria o último ano de sua vida com alegria, aproveitando a festa naquele Condomínio. Estava muito bem. Só falou que queria dormir em casa. A filha Zilca a trouxe para casa no momento que ele pediu para vir, por volta das 03:00 horas. Dormiu bem e começou o ano animada.

Ainda no início do ano, por sugestão da nora Rita Maia, foi contratada uma fotógrafa para tirar fotos da família com ela.   Lindas fotos, especialmente a dela com os todos os netos e bisnetos da época, que depois passou a ser o símbolo da Pousada Vovó Teresinha,  em Brotas de Macaúbas, de propriedade do filho Edilson Campos.

Pousada Vovó Teresinha – Brotas de Macaúbas - Bahia

 No segundo semestre daquele ano os problemas de saúde se intensificaram. Alternava dias que passava bem e dias com a saúde frágil, pressão alta, glicemia alta e mal estar. Passou a contar com as cuidadoras em tempo integral. Isa Andrade durante o dia, Zilda Pereira  durante a noite e sempre uma folguista nos finais de semana.

No seu aniversário de 86 anos, em 13 de outubro de 2009, não houve festa, só um jantar com a família na Cantina Volpi de Ondina. Estava bem e feliz com a presença da família, inclusive de Lucas Sant’anna Villas-Bôas, namorado de sua neta Violeta. Mas apresentava sinais de cansaço.

Menos de um mês depois, em 09 de novembro de 2009, Teresinha passou para a Vida Eterna. Sentiu-se mal pela manhã. Cida, que estava lá com ela, chamou sua filha Zilca para vê-la. A filha Lícia Layse estava em Taubaté, São Paulo. Zilca ficou ali com ela até às 14:00 horas e queria levá-la para o Hospital, mas ela disse que estava bem melhor e que a filha pudesse ir para o trabalho. Mas ela piorou no final da tarde. Foram chamados os filhos e netos. Foi chamado Dr. João Teixeira, médico amigo, que estava em casa e veio assistí-la de imediato. Foi chamada a Vitalmed, que ainda tentou reanimá-la, mas ela já havia partido para a Eternidade. Nos momentos finais, ela chamou pelas almas de seu esposo Nivaldo, da irmã Mariazinha e por Nossa Senhora. Zilda estava presente e guarda a lembrança desse momento e diz que ela partiu serena.

Teresinha deixou um vazio enorme e muita saudade em seus familiares e amigos. Todos choraram a perda da querida Mãe, avó, tia, professora, grande amiga. Mas a morte é inexorável. Por toda a sua trajetória, a sua generosidade, a sua bondade, o seu amor pelos semelhantes, ela é lembrada por todos com saudade, carinho e a certeza que vive em um lindo lugar na Morada Celestial. Merece sobremaneira essa homenagem que ora lhe prestamos.

O grande amor de Terêsa e Nivaldo continua na ETERNIDADE.


 DEPOIMENTOS

MINHA MÃE, MINHA AMIGA, MINHA CONFIDENTE

Por Zilca Lenira Oliveira Campos


Eu fui a primeira criança a chegar para formar a família Oliveira Campos. A espera foi longa, dois anos após o casamento. Minha Mãe dizia que já estava muito ansiosa, receando não poder ter filhos. Mas a família transbordou de alegria, com a certeza da gravidez. O nascimento foi difícil, já que ela entrou em trabalho de parto no dia 10 e eu só nasci no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio. A demora foi uma escolha de Deus, justamente para eu vir ao mundo no mesmo dia 13 que ela. E uma felicidade ímpar, por ter nascido uma bebê normal, saudável e linda, abençoada por um grande Santo, como  ela dizia.

Na minha infância, só alegria. Eu era uma menina estudiosa, educada, gentil, tudo como ela desejava. Mas me cobrava muito. Eu deveria ser exemplo de educação, bom comportamento e ótimo desempenho na escola, repetindo o seu estilo quando criança, já que ela era Professora e Delegada Escolar. Eu sempre correspondi e ela me admirava e elogiava constantemente. A única coisa que ela não gostava é que eu chegasse tarde em casa, depois de passar horas na casa de tia Nívea, brincando com minhas primas Maiave e Cleide. Eu não tinha uma irmã para brincar, como meus dois irmãos. Maria Lícia, que seria essa irmã, faleceu ainda bebê. Então eu voltava tarde e ela dizia que eu estava sendo desobediente. Nosso relacionamento chegou a ser bem difícil nessa época, mas eu cresci e continuei dando muito gosto a ela.

Aos 18 anos vim morar em Salvador. Depois de quatro anos mudando de pensionatos, assim como meus irmãos Edilson e Nivaldo e depois Lícia Layse, pedi a Mãe e Pai para virem cuidar de nós na Capital. Eles tiveram o mesmo pensamento: Nosso lugar é onde estão nossos filhos. E vieram.

Minha Mãe era minha querida Mãe nessa época. Mas passou a ser também Minha Amiga. Quando engravidei, ela logo se colocou à disposição para me ajudar nos preparativos para os enxovais, de bebê e de casa, pois resolvi me mudar de nossa casa. Ela me acompanhava quase que diariamente ao Shopping Iguatemi, nas lojas Sandiz, Mesbla, Cheirinho de Bebê e tantas outras. Os enxovais ficaram prontos a tempo, com a incansável e incondicional ajuda dela.

Amava minha filhinha e frequentava minha casa sempre que podia ou ficava com Violeta em sua casa, quando eu precisava. Estava sempre ao meu lado, me ajudando, me escutando, me acalmando, orientando e fortalecendo.

Minha Mãe tornou-se Minha Confidente. Eu não tinha segredos para ela. E ela sempre tinha uma palavra de apoio, um aperto de mão, um olhar acolhedor, um sorriso, um silêncio, uma bênção. Quando eu dizia que receava que algo ruim pudesse acontecer, ela dizia: “Jesus não vai deixar”. Era religiosa, temente a Deus e tinha plena confiança e fé em Jesus. Rezava o Terço todos os dias, às vezes mais de uma vez, pedindo pela sua saúde, pela saúde e bem estar dos filhos, da família e de todos.

Vivemos muitos anos sempre unidas, em casas diferentes, mas bem próximas pelo coração. Fizemos viagens, curtimos momentos especiais como os seus e os meus aniversários, os almoços às quartas-feiras, todos os eventos familiares, as conversas, as visitas, tudo.

Pude retribuir todo o cuidado e carinho com que Mãe me tratava. Ela me chamava minha Zilquinha. Eu a levava aos médicos, festas de aniversários, visitas às amigas, estava sempre presente na vida dela. E o melhor: todos os dias passava em sua casa, depois do meu expediente de trabalho para vê-la, saber como tinha passado o dia, se tomou os remédios, como estava se sentindo. Ela ficava sentada ou reclinada na cadeira da Vovó e eu ali, segurando sua mão, conservando com ela, ouvindo suas queixas, suas angústias, suas histórias, suas alegrias, seus sonhos. E também lhe contando tudo de minha vida, minhas preocupações, minhas angústias, minhas esperanças, meus projetos, minhas alegrias, tudo mesmo.  Depois voltava para a minha casa e fazia o mesmo no dia seguinte. Quando eu não podia ir por qualquer motivo, ela dizia que tinha uma eternidade que não me via. Como, Mãe? Eu estive aqui antes de ontem. E sorríamos.

Meu sonho era realizar uma linda festa para comemorar os seus 90 anos. Mas não foi a vontade de Deus. Ela partiu pouco depois de completar 86 anos. Fiquei arrasada, sem chão. Senti um vazio enorme, uma tristeza profunda. Mas fui me conformando aos poucos. A saúde dela já estava muito frágil, eu não queria vê-la sofrer. E fui colocando em prática os seus ensinamentos sobre a fé em Jesus. Poder de vida e morte só quem tem é Deus. Mantenho as fotos dela e de Pai em minha sala, os dois juntos. Falo com eles todos as vezes que entro, saio ou vou dormir. Continuam presentes em minha vida.

Estou imensamente feliz por poder estar à frente dessa homenagem que ora lhe prestamos. E tenho certeza que contei muito com a ajuda dela. Em muitos momentos ficava em dúvida de fatos de sua vida, de pessoas, de onde buscar informações. Logo vinha uma luz para me lembrar, clarear, resolver.  Tenho certeza que ela esteve comigo, como sempre, durante cada momento de confecção dessa Celebração. Ser sua filha é um privilégio, uma benção de Deus. Eu te amo e tu me amas, Mãe! Saudade... saudade ... saudade...

MUITA SAUDADE DE TÊRA

Por Edilson Oliveira Campos

 

Mãe foi uma pessoa muitíssimo especial em minha vida, principalmente na minha infância e adolescência, em Brotas de Macaúbas. Sentia muito orgulho pela deferência com que todos os alunos e ex-alunos se manifestavam, quando se referiam a ela. Mesmo na minha simplicidade, percebia que ela era uma pessoa muito respeitada e estimada por toda a sociedade de Brotas.

Ela fazia qualquer sacrifício em prol dos filhos. Nós tínhamos uma condição de vida satisfatória, muitas vezes bem superior à dos aos filhos de outras famílias, graças ao seu empenho em nos proporcionar tudo de melhor.

Lembro-me das viagens para a Barra do Rio Grande, na carroceria de um Jipe Willys  até Morpará e depois nos vapores ou lanchas para visitar vovó  Ponossa e tia Nanoca, tia  Mariazinha, sua querida irmã e seu tio, irmão de seu Pai, que também chamávamos de tio Chiquinho. Como eu era muito criança, tenho poucas lembranças da Barra, mas não sai da minha cabeça aquelas viagens de vapor, indo de Morpará até à Barra e no percurso de volta.

Acho que, por influência de Pai, que era músico, ela passou a gostar muito de festas e eventos. Dona Teresinha era “festeira”. Adorava receber as candidatas a Miss Chapada lá em casa. Essa lembrança me faz sorrir.

 

Lembro de Mãe com muita saudade, principalmente quando, conversando com ela, percebia que, mesmo passando diariamente muito próximo à sua residência, passávamos as vezes até 15 dias sem nos vermos. Então, tive a ideia de marcarmos um almoço semanal às quartas-feiras, porque sabíamos que era quase impossível que todos pudessem ir nos finais de semana. Combinei com meus irmãos e demos a notícia a ela. No início ela ficou meio cética, perguntando se iria dar certo, mas falei que deveríamos tentar. Se desse certo, seria ótimo, se não desse, tentaríamos outra forma, mas o importante era que não poderíamos passar tanto tempo sem nos ver. Esses almoços foram, sem dúvida, a melhor idéia. Podíamos ver que ela ficava satisfeita e feliz ao ver os netos e filhos toda semana. Pensamos em não convidar outras pessoas, já que a nossa proposta do almoço era para que netos e filhos pudessem estar próximos a ela. Mas ela mesma achou ótimo, quando resolvemos convidar outros parentes e amigos. Graças a Deus, esses almoços duraram até quase os últimos dias dela aqui conosco.

Devido à correria do trabalho, eu não pudia acompanhá-la pessoalmente às consultas e exames, mas providenciava alguém da Logoserv para levá-la e buscá-la, geralmente Domingos da Silva Melo.  E também contribuía, quando necessário, com as suas despesas extras.

Mãe sempre foi uma pessoa muito humana e preocupada em ajudar os mais carentes, não só na educação, mas em todos os sentidos. Essa responsabilidade nós carregamos até hoje, já que na nossa infância sempre soubemos conviver com a casa cheia de amigos,  mesmo que ela e Pai nunca tivessem se envolvido com política.

Agradeço a Deus por ter podido prestar minha singela homenagem a Têra, como eu carinhosamente a chamava, ainda em vida. A Pousada Vovó Terezinha, um dos cartões postais da cidade de Brotas recebeu seu nome, com muito orgulho. Eu sou um cidadão muito orgulhoso da minha origem e nunca me esqueço dos maravilhosos primeiros dezessete nos,  quando residi em Brotas de Macaúbas, com meus pais.

É UM PRIVILÉGIO SER SEU FILHO, MÃE

Por Nivaldo Oliveira Campos

 

 Ter nascido em Brotas de Macaúbas e na família que nasci é, sem dúvida alguma, um grande privilégio. Tive uma infância alegre e feliz, sendo que a comandante de tudo sempre foi Mãe. Ela tinha uma preocupação enorme com nossas vidas, nosso comportamento na escola e o respeito pelos mais velhos era algo inquestionável pra ela. Era exigente, mas super cuidadosa e assim nos educou, da melhor maneira dentro de seus conhecimentos. Em qualquer evento estávamos presentes: Festa do Divino Espírito Santo, quadrilhas juninas, comemoração do Sete de setembro, dentre outras.

Lembro-me que ela ficava até tarde da noite corrigindo provas. Mãe era exigente com nosso desempenho escolar. Jamais admitia que disséssemos um palavrão e também exigia que pronunciássemos as palavras corretamente. Afinal, ela era a Delegada Escolar, tínhamos que dar o exemplo. Eu gostava muito das cartas dela, sempre com um português impecável.

Adorava receber as pessoas, pois, como pai era músico, sempre havia alguma “tocata” em nossa casa. Ela também era muito ligada à família dele.

Eu era incumbido de ir à casa de D. Minda buscar o leite e fazer outras pequenas tarefas, como ir à casa de Tia Nívea resolver alguma coisa. Era na mesma rua e eu gostava muito de estar lá. Eu sabia das minhas obrigações e fazia de tudo pra não errar. Caso acontecesse algum deslize, tinha algum castigo a receber, mas a educação naquela época era assim mesmo. Ela sempre me pedia pra encontrar um transporte para Pai voltar para Ibotirama, onde estava trabalhando.  Eu ficava muito feliz quando tinha a oportunidade de ir com ele.

Quando eu e meu irmão Edilson chegamos em Brotas com nosso primeiro FUSCA, a felicidade de Mãe foi nas nuvens. Ela me disse que estava orgulhosa, pois estávamos dando certo na vida kkkkkkkkkkk. Fazia de tudo para nos agradar. Como ela ficou feliz quando passei no vestibular! Era mais um sonho realizado.

Já em Salvador, ela tinha grande prazer em participar de qualquer festinha que fizéssemos, principalmente os aniversários de minhas filhas. No primeiro aninho de Carol, fez questão de ser a primeira a chegar. Minha irmã Zilca, que a levava e sempre chegava atrasada, naquele dia nem pensou em se atrasar kkkkkkk. Momentos que jamais esquecerei eram aqueles em que Mãe estava em meu apartamento e as meninas, minhas filhas, Carolina e Júlia, penteando o cabelo dela e fazendo uma super maquiagem. Era adorava.

Tive a felicidade de levá-la a vários lugares aqui em Salvador. Sempre estava pronto pra atender suas necessidades de ir ao médico para consultas e exames. Lembro-me bem do cardiologista, Dr.  Almiro Viana, no Vale do Canela e do Endocrinologista, Dr. Osmário Salles, no Hospital Aliança.

A morte dela foi muito dolorosa para mim e deixou um vazio que jamais será preenchido. Tenho ótimas lembranças de nossas conversas e de como ela ficava feliz sempre que eu ia ao seu apartamento, no Mar das Caraíbas. Mesmo depois de tantos anos que ela partiu,  às vezes choro com saudades, como nesse momento que estou escrevendo essas lembranças, Fomos privilegiados por ter uma Mãe como TÊRA. Beijos, Mãe querida!

QUERIDA MÃE, MINHA MELHOR AMIGA, MINHA COMPANHEIRA

Por Lícia Layse Campos Bregalda


É com muita saudade que começo o meu depoimento sobre minha querida Mãe e a minha trajetória de vida ao seu lado.

A minha querida Teresinha Lima completaria hoje, 13 de outubro de 2023, 100 anos de idade.

Seria maravilhoso tê-la aqui com a família, mas quis Deus que ela partisse há quase 14 anos.

Minha Mãe foi sempre minha companheira. Ela sempre esteve presente em todos os momentos, principalmente nos mais importantes da minha vida.

Na infância, em Brotas de Macaúbas, além de ser minha Mãe, também foi minha Professora. Tenho vaga lembrança desse período, pois foi muito curto.

Como Mãe, era bastante rigorosa e gostava de disciplina. Ela me ensinou a ler e escrever e a bordar. Se hoje sei pregar botões muito bem, o mérito é dela ...rsrs

Eu gostava mais de brincar na rua com as amigas, de andar de bicicleta, do que de estudar. Por causa disso e por desobedecê-la, muitas vezes recebia os castigos impostos às crianças, como forma de educação naquela época. Tínhamos as nossas diferenças, mas prevalecia o amor e o cuidado dela comigo. 

Lembro que ainda criança tive a maior alegria de fazer uma viagem com ela à Barra do Rio Grande, sua terra natal, em uma Rural, transporte muito usado naquele tempo. No final do percurso de Rural, estrada de barro, tínhamos que atravessar o rio de balsa, para chegar à cidade. E quantas viagens de vapor fazíamos da Barra até Ibotirama e vice-versa!

No início de minha adolescência, morei com Mãe e Pai em Ibotirama e depois em Salvador.

Foram muitos momentos importantes ao seu lado, em que ela estava sempre me ajudando, me amparando, como podia: no meu casamento, no nascimento do meu filho Afonso, na minha formatura, na minha separação, na compra do meu apartamento.

Quero aproveitar essa oportunidade para pedir PERDÃO à minha mãe por uma grande falha que aconteceu por ocasião do meu casamento com Damião Bregalda, in memoriam.  Fiquei muito triste ao saber que ELA teria ficado muito "sentida" porque nessa época, como era de praxe, foi retirado o seu sobrenome OLIVEIRA do meu nome original. Eu não sabia que isso iria magoá-la tanto, senão teria mantido o Oliveira dela e acrescentado o sobrenome do meu marido.

Morei com os dois em Ibotirama, na pensão de D. Anísia, por um período em torno de seis meses. Estava na adolescência e, além de estudar no Colégio local, meu maior interesse era namorar e dançar à noite,  na boite da cidade. Obviamente meus pais não deixavam, por eu ser muito nova. Mas, eu conseguia elaborar vários truques para despistá-los e sair para me divertir.

Por volta dos meus 14 anos, meus Pais se mudaram pra Salvador. Por conta do seu trabalho nos Correios, Pai foi transferido para Caravelas, extremo Sul da Bahia. Mãe ficou responsável pela família, cuidando de todos nós.

 Casei-me com Damião Bregalda, o grande amor de minha vida, aos 21 anos de idade. Morei um ano com ele em um apartamento alugado e depois meus pais nos convidaram para morar com eles, no apartamento da família no Matatu. Meus pais tinham verdadeira admiração por Damião e o consideravam como um filho. Minha Mãe, que teve oportunidade de conviver mais tempo com ele, o adorava e dizia que era o seu terceiro filho homem. Eles sofreram muito com a nossa separação, que poderia não ter acontecido. Damião foi sempre muito grato aos meus pais pelo apoio que deram a ele, pelos cuidados que lhe dispensavam. Mãe fritava ovos para ele todos os dias, pois era o que ele gostava.

Foi uma felicidade geral quando nasceu nosso filho, Afonso, após três anos de casados. O bebê saiu do Hospital direto para a casa dos avós. Afonsinho, como ela o chamava, morou com sua vovó Teresinha até ir morar com o Pai em Taubaté, São Paulo. Ela ficou muito triste com a mudança do seu neto amado, mas aceitou bem porque sabia que era o melhor para ele naquele momento.

Em 1989, minha Mãe vivenciou outro momento de felicidade com a minha Formatura em Medicina. Era um sonho realizado e conquistado com muita dificuldade e muito sacrifício por parte de toda família, em especial por meus Pais. Poucos meses depois, em abril de 1990, Mãe vivenciou a enorme dor com o falecimento de nosso Pai, seu amado marido. Mas continuou forte e firme com a sua missão de cuidar dos filhos.

Alguns anos depois da partida de Pai, ela me contou que tinha tido outros pretendentes que a pediram em casamento. Foi o suficiente pra eu ficar brincando com ela, dizendo que era “casadoira” e arrasava corações💕 . Dávamos boas risadas.

Mãe teve oportunidade de viajar comigo para passear em Taubaté e visitar seu genro amado. Infelizmente ela passou mal e foi diagnosticada com litiase biliar, cálculo na vesícula. Damião tomou todos os cuidados com ela lá, mas tivemos que retornar a Salvador e ela foi submetida a procedimento cirúrgico para retirada da vesícula, por videolaparoscopia, no Hospital Português, aos 75 anos de idade. Dr. Carlos Andrade realizou a cirurgia,  que foi muito bem sucedida.

Mae era diabética, hipertensa e tinha osteoporose, além de outras complicações por causa da diabetes. Foi submetida a várias cirurgias oculares,  por causa da retinopatia diabética. Por eu ser médica, ficava sempre à frente dos cuidados médicos e medicamentos  que ela necessitava  e estava presente na grande maioria das suas consultas e acompanhamentos com seus médicos. Aos poucos também fui "treinando" suas cuidadoras, em especial Cida, que ela adorava e a chamava de "Cidinha".

Era uma vida de muita proximidade e cumplicidade entre nós duas,  mas até hoje,  tenho a sensação que em muitas oportunidades fui muito rigorosa com ela nos cuidados médicos.

A intenção era boa, mas ela não gostava de tanto rigor e da proibição de comer as guloseimas doces de que tanto gostava.

Em 2008, após adquirir meu apartamento, tive a oportunidade de retribuir um pouquinho de tudo que ela tinha feito por mim. Tive o imenso prazer de tê-la morando comigo por um ano, nesse apartamento que moro até hoje.

Foi com enorme tristeza e muita dor que recebi a notícia que minha querida Mãe havia falecido, após um mal estar cardíaco, em 09.11.2009. Estava em Taubaté, onde fui passar o aniversário de Afonso, em 06 de novembro. Arrumamos as malas, eu e Afonsinho e voltamos para Salvador, chegando diretamente para o velório e depois o sepultamento. Foi uma dor muito grande voltar pra casa sem a presença dela. Chorei muito e me senti desamparada.

Lembro perfeitamente como se fosse hoje, quando me despedi dela, no dia da viagem, e como era muito cedo, ela ainda estava deitada e me desejando boa viagem. Volto dessa viagem, que era habitual, e a encontro falecida. Eu que sempre estive ao seu lado em todos os momentos referentes aos problemas de saúde, porque não estava justamente no momento se sua partida? Pergunta que não tenho resposta até agora. São os desígnios de DEUS.

Gostaria muito de poder abraçá-la e beijá-la hoje, no seu aniversário de 100 anos, mas tenho certeza que o CÉU está em festa em sua homenagem e Pai tocando os parabéns para Ela no saxofone, como fazia sempre nos aniversários de todos nós aqui na Terra.

Viva a Professora Teresinha Lima! Viva a Mestra de muitos brotenses!  Viva Mãe! Você, minha fiel e eterna companheira, era e é TOP!

 CONVERSANDO  COM VÓ TERESINHA

Por Thaís Cardoso Campos Rosa

 

Vó, mesmo após todos esses anos, sua presença e amor continuam vivos em nossos corações.

Como eu queria que você tivesse tido a chance de conviver mais com seus bisnetos. Tenho certeza que teria se encantado com a beleza de Tainná, o jeito carinhoso de Peu (dizem que ele é a cópia de meu Pai pequeno) e a energia contagiante de Liz.

E o que dizer dos bisnetos de Thiago, Vó? Lucas está um rapaz lindo e já tem uma seriedade que não herdou do pai. Já Gui, com seus 11 anos, seria um verdadeiro encanto para a senhora, pois é um menino maravilhoso e muito carinhoso… esse tem mais o jeito do pai, acho que vai dar um trabalhinho!

Ah, minha avó, consegue acreditar que Thiago e Afonso continuam naquela mesma agonia de sempre? Acho que Thiago não tem jeito, ainda mais agora, que a senhora não está mais aqui para "salvar" Afonsinho. Coitado dele! Risos.

Milla continua com seu jeitinho característico e Chris continua cuidando de todos nós.

Vó, a senhora fez um trabalho incrível com seus filhos e eles permanecem unidos. A senhora é o pilar dessa família e isso nunca será esquecido.

Os almoços semanais não estão mais acontecendo, mas nos encontramos com frequência.

Saiba, Vó, que a saudade é eterna. Mas ela também é a prova de que o amor é imortal. Descanse em paz e obrigada por todos os preciosos momentos que compartilhamos. Eu te amo!

 MINHA REFERÊNCIA DE AVÓ

Por Violeta Campos Ribeiro Villas-Bôas

Minha avó Teresinha é a minha maior referência de avó. Não conheci nem convivi com meus avós paternos e meu avô Nivaldo faleceu quando eu tinha apenas seis anos. Ela sempre foi muito cuidadosa e carinhosa. Eu adorava abraçar o seu corpo gordinho e lembro até hoje do seu cheirinho.

Na infância, eu passava boa parte das férias em Brotas, muitas vezes aos cuidados dela, pois minha mãe voltava para Salvador para trabalhar. Nessas ocasiões, ela sempre se preocupava em saber onde e com quem eu minha prima Thais estávamos, fazia mil recomendações, além de dar uma atenção especial à nossa alimentação. Quando os netos chegavam, não podia faltar biscoito avoador (ela comprava, literalmente, sacas!) e biscoito fofão, que ela fazia pessoalmente.

Outra lembrança que tenho de minha avó era a preocupação em presentear. Nas datas comemorativas, ai de minha mãe ou Tia Lícia se não providenciassem os presentes para ela entregar, sempre acompanhados de lindos cartões, com palavras especiais.

Houve uma fase em que morei na casa dela e podia desfrutar diariamente da sua companhia. Conversávamos, ela perguntava como estava a faculdade, o estágio. Às vezes eu ficava muito tempo no computador e perguntava se estava incomodando. Ela respondia: “que nada, minha filha, eu gosto de saber que você está aqui”.

Os almoços da família começaram quando eu estava no intercâmbio e eu sofria por não poder participar. Quando voltei e comecei a frequentar, era uma grande alegria observar a felicidade dela em poder reunir e interagir com toda família. Que bagunça fazíamos na casa dela!

No dia da sua morte, eu estive com ela na hora do almoço. Minha avó estava bem, tomando uma sopa. Conversamos um pouquinho, nos despedimos normalmente, com carinho. No final do dia, quando recebi a notícia que ela havia morrido, fiquei em choque: “como assim, algumas horas depois, minha avó não estava mais ali?”. Custei a acreditar e foi muito difícil nos adaptarmos à sua ausência.

Até hoje, lamento não termos vivido mais momentos juntas e que ela não tenha presenciado alguns fatos importantes da minha vida, como a minha formatura, casamento, frequentar minha casa e, principalmente conhecer minha filhinha Aurora. Tenho certeza que ela se encantaria com esta bisneta!

Mas do jeito que minha avó cuidava e se preocupava com todos da família, certamente, de onde ela estiver, está orgulhosa de ver a família que ela construiu feliz e crescendo.

Te amo, vó! Você faz muita falta!

MINHAS MEMÓRIAS AFETIVAS COM VOVÓ TERESINHA

Por Afonso  Campos Bregalda


Falar de Vovó Terezinha me traz boas lembranças. A memória afetiva sempre me surpreende, pois,  ao consultá-la, encontro momentos únicos da infância em Salvador.

As primeiras recordações são do "gagau", leite com nescau, que ela me levava na cama todo dia de manhã antes de eu ir tomar banho para começar mais um dia na escola. O doce sabor daquele café da manhã ainda é latente em minha memória. Vovó Terezinha, sempre com muita dedicação e paixão, acordava-me suavemente para tomar a bebida que ela preparava com amor e carinho, sem nunca reclamar.

As lembranças vão se multiplicando e uma coisa puxa a outra, sem ordem e sem regra. Então, lembro-me de passar longas tardes com ela, batendo papo e penteando seu cabelo. Eu fazia vários penteados e ela sempre sorridente, deixando eu inventar moda em seu cabelo. Passávamos horas modificando os "looks" e conversando sobre uma gama tão vasta de assuntos, que ia de "qual profissão seguir?" - até cabelereiro já havia sido citado - passando por férias em Brotas de Macaúbas.

Minha vó era uma avó coruja. Em minhas lembranças ela sempre me defendia em tudo, até do que não tinha defesa. Por exemplo: enquanto eu esperava uma carona chegar, ela ligava (sorrateiramente) para a pessoa não demorar a chegar, pois eu já estava pronto, mesmo que eu não estivesse.

 

Vovó Teresinha sempre gostou de presentear as pessoas nos principais eventos e essa parte era ótima porque podíamos escolher os melhores presentes; não me lembro dela economizar nessa questão.

Meu saudoso pai contava que uma vez eu fui para Cruzeiro, de férias, e fui visitar minha avó paterna, Vó Elza. Papo vai, papo vem, minha vó Elza perguntou qual das avós eu preferia e sem pestanejar eu respondi: vovó Terezinha. Meu pai até tentou me dar uma bronca, mas Vó Elza, sabidamente, soube contornar a situação. Era óbvio, Vó Elza sabia que eu passava 300 dias no ano com Vovó Terezinha e não seriam 65 dias que passava de férias em SP que eu mudaria a minha opinião. Essa cena revela o quão próximos nós dois fomos. Vários segredos, muitas risadas, muitas experiências vividas juntos, pois minha avó sempre esteve presente na minha criação, ela auxiliava minha mãe em relação a tudo que em envolvia. Acima de avó e neto, nós tínhamos uma relação de confiança e confidência.

Vovó Terezinha me ensinava a rezar e agradecer pelo dia que tínhamos passado. Ela me ensinou uma canção sobre Nossa Senhora Aparecida, Mãezinha do Céu.

Eu aprendi muitas coisas com ela e espero um dia poder reencontrá-la para agradecer tudo o que ela fez por mim.

VOVÓ TEREZINHA, EU TE AMO TODOS OS DIAS.

PRIVILÉGIO E GRATIDÃO

Por Carolina Maia Cardoso Campos

 

Ser neta de Têra é um privilégio! Apesar de nosso pouco tempo de convívio, tenho apenas lembranças lindas, que guardo com carinho na memória e visito sempre que a saudade aperta. Lembro-me de sua constante atenção e interesse pelas minhas descobertas de criança, pelo meu dia a dia na escola e no ballet. Lembro também das histórias que lia pra mim e para Ju, sentada em sua cadeira branca reclinável e dos cartões que recebia no meu aniversário, que ela fazia questão de escrever, com sua letra caprichada. Sou grata a vovó Terezinha pelo gosto pela educação e pela leitura, valores que ela sempre incentivou e que até hoje cultivo e aprecio. É uma honra ter uma Têra na vida

MINHA SOGRA, A QUERIDA AMIGA TÊRA

Por Christiane Ferraz Campos


 

Apesar do pouco tempo em que tive o privilégio de conviver com Têra, foram dez anos, guardo comigo as melhores lembranças e as cartinhas que, vez por outra, ela me enviava.

Sempre muito preocupada com a família, Têra sempre tinha uma palavra carinhosa a oferecer.

Festeira, alegre e muito orgulhosa dos filhos. É assim que me recordo da minha sogra, a querida amiga Teresinha.

PRIVILÉGIO E SORTE

 Por Rita de Cássia Maia Cardoso 

Foi um privilégio conviver com Dona Terezinha. Ainda lembro das histórias que ela contava sobre a família, sobre sua terra Natal ( Barra ) e também sobre seu trabalho como professora e delegada escolar. Outra lembrança boa eram os cartões de Natal e aniversário, sempre com mensagens carinhosas de paz e harmonia.

Carolina e Júlia tiveram muita sorte em tê-la como avó e poder guardar para sempre as melhores lembranças de um convívio amável e cuidadoso.

Junto-me aos familiares neste momento de homenagens pelos 100 anos, se viva estivesse, para lembrar desse convívio de amor e amizade.

Um abraço a todos.

NOSSA QUERIDA TIA TERESINHA

Por Rilza Maiave Silva Quinteiro, Nádja Cleide Silva Oliveira, Linamar Pinto Silva, Ana Lúcia Silva Bastos Malheiros e Adriana Pinto Silva Ribeiro.

“Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola a derruba com as suas mãos.”

Provérbios 14-1.

Nossa Tia Teresinha edificou a sua casa e deixou grande legado para sua família e para todos que a conheceram. Mulher sábia, à frente do seu tempo, que transbordava amor e acolhia a todos com suas doces palavras e seu terno olhar. Seus ensinamentos transcenderam gerações e, hoje, nós, as filhas de sua irmã Nívea: Maiave, Cleide, Linamar, Ana Lúcia e Adriana, e

nossos filhos, lembramos com muita alegria dos seus ensinamentos e louvamos a Deus pelo privilégio de tê-la como nossa estimada tia e pela oportunidade que cada uma de nós tivemos de compartilhar momentos tão especiais, que criaram memórias afetivas e marcaram a nossa existência.

Para nós, é um grande orgulho falar sobre Tia Terezinha, a única irmã que a nossa mãe Nívea tinha em Brotas de Macaúbas, com quem tivemos uma convivência mais próxima, um amor e um carinho especial. Com ela construímos vínculos familiares estreito e eternos, sendo

Inclusive a madrinha de Cleide. O jeito amoroso de Tia Terezinha nos faz recordar com saudade da nossa infância. Lembramos que sempre quando íamos dormir em sua casa, ela colocava chocolate embaixo do nosso travesseiro. Ah! Quanto amor tia nos passou!

Observávamos atentamente a maneira como Tia Terezinha tratava as pessoas, sempre com uma educação e uma elegância peculiar, chamando-as carinhosamente pelo diminutivo. “Nivinha” era como chamava nossa mãe e nós éramos: “Maiavinha”, “Cleidinha”, “Lininha”, “Luzinha” e “Drizinha”. Sempre com sua forma doce e carinhosa de falar cativava todos ao seu redor. Como professora foi uma referência na área da educação para os jovens, contribuindo para a formação de futuras gerações. À noite, sempre se dedicava a fazer cartas para os amigos e parentes, pois sabia o quanto era fundamental manter vínculos de amizade.

A sua casa era sempre bem organizada e agradável. A mesa das refeições era muito bem-disposta e arrumada, transformando num momento de comunhão e de prazer. Quem a visitava sempre saída de sua casa transformado pelo seu sorriso e alegria que eram tão próprios de tia Terezinha. O seu carinho, educação e aconchego fazia com que a nossa admiração por ela fosse maior a cada dia, o que se eterniza até hoje por essas doces e saudosas recordações.

Tia Terezinha foi uma mulher virtuosa, cujo valor excedeu ao dos rubis. Ela só fazia o bem e não mal, todos os dias da sua vida. Que os seus ensinamentos sejam eternizados pelos seus amados filhos, familiares e por todos que tiveram o privilégio de a conhecer. Nosso eterno carinho, Tia Teresinha!

LUZ NA MINHA VIDA

Por Ivany Rodrigues Pinto de Oliveira

Eu digo, Tia Teresinha, que a senhora foi uma Luz na minha vida. Ajudou-me muito a ser a mulher que sou hoje.

Foi a tia que mais amei. Em pouco tempo, foi a Mãe que não tive. Sou muito grata à senhora por tudo que fez por mim. Sei que olha por mim até hoje, minha estrelinha querida. Amém, amém. Só gratidão, tia Teresinha. Sinto muita saudade. Eu te amo!

REFERÊNCIA FAMILIAR EM MINHA VIDA

Por Wânia Rodrigues Pinto de Oliveira Carvalho

Para mim é motivo de alegria falar de uma pessoa que sempre foi referência familiar em minha vida. Falo da minha querida e inesquecível Tia Terezinha.

Mulher dedicada ao lar, esposa, mãe e tia exemplar, uma excelente Professora e Delegada Escolar na cidade de Brotas de Macaúbas. Foi designada pelo Governador do Estado da Bahia para levar aos Brotenses a melhor qualidade de ensino, onde deixou um legado espetacular, com muitos frutos que jamais serão esquecidos.

Era uma tia sempre presente, carinhosa, que me deu muitos conselhos e ensinamentos para vida. Eu a amava muito e ela me chamava de Wâninha, com muito carinho.

Só tenho boas recordações do tempo que convivi com Tia Terezinha. Inclusive em festas familiares maravilhosos, que passamos juntas, com toda família e amigos.

Que o Senhor Jesus guarde sua alma na Glória Eterna, pois sei que deu testemunho de vida na sua jornada, por onde passou. Este é o meu desejo, nesta data em que comemoramos os 100 anos de uma Tia tão especial para mim e para todos que estão presentes nesta celebração!

Com muito amor e carinho à nossa querida, amada e inesquecível TIA TEREZINHA!

MINHA PRIMA-IRMÃ, MINHA PSICÓLOGA

Por Arcanja Pinto de Souza Dyzarz

Eu convivi pouco tempo diretamente com Têra, mas o suficiente para saber que ela foi uma Luz em minha vida. Ela me proporcionava o apoio moral e familiar que tanto precisava na minha adolescência. Era uma Prima-Irmã, uma verdadeira Psicóloga. Apesar da diferença de idade, ficávamos até altas horas conversando sobre todos os assuntos.

Ela me convidava para vir passar dias em Brotas de Macaúbas, pagava minhas passagens e me permitia aproveitar todas as alegrias ali na terra de seu querido esposo Nivaldo. Eu participava dos Carnavais que ele organizava e tovaca. Ela tinha uma confiança enorme em mim para “cuidar “ de Nivaldo nas festas, enquanto ficava em casa, cuidando dos filhos.

Eu era uma jovem desorientada familiarmente e ela, sabedora dessa situação, cuidava de mim como se fossa sua filha. E amava imensamente minha Mãe, sua querida tia Antônia. Nivaldo também me dava todo apoio e gostava de conversar comigo todos os dias, fazendo suas queixas por estar morando na Barra, a trabalho, longe de sua família em Brotas de Macaúbas.

Minha querida prima Têra teve uma importância fundamental na minha formação pessoal e profissional. Hoje relembro de tudo com muita saudade e muito amor por essa pessoa extraordinária que ela foi. Obrigada minha prima, querida. Você continua sendo Luz para todos que tiveram o privilégio de desfrutar da convivência com você. Eu te amo muito. Saudade eterna...

MINHA QUERIDA DINDINHA TERESINHA

Por Valnice Rosa Campos Leal


Hoje, ao celebrarmos o seu centenário, minha alma se enche de gratidão e saudade. A senhora não foi apenas minha tia, mas também uma professora espetacular e, acima de tudo, uma amiga inestimável. Sua presença em nossas vidas foi um presente, que nunca esqueceremos. Sou capaz de rememorar os meus primeiros pontos de bordado, ensinados pelas suas habilidosas mãos, o meu primeiro passeio fora da cidade de Brotas, que também, com generosidade, fez questão de proporcionar a mim e a tia Dilce.

Lembro-me dos dias em que eu era apenas uma jovem aluna em sua sala de aula, sua paixão pelo ensino era evidente em cada gesto. Eu sou imensamente grata por ter tido a sorte de tê-la como minha professora.

Mas a senhora foi muito além disso. Com o tempo, nossa relação transcendeu o ambiente escolar. A senhora se tornou minha confidente, minha conselheira e, acima de tudo, uma amiga carinhosa que estava sempre lá para mim e para os meus.

Sua memória vive em cada lição que aprendemos e em cada momento compartilhado. Guardo na memória todas as vezes que me apresentava a alguém e ressaltando dizia: Essa é a sobrinha preferida do meu falecido esposo. Nós eventos mais importantes da família, fazia questão da minha presença, e eu, orgulhosamente, me colocava ao seu lado.

Celebrar o seu centenário é uma oportunidade de celebrar a vida que a senhora viveu e o impacto que teve em tantas pessoas, incluindo eu.

Dindinha Teresinha, sua luz continua a brilhar em nossas vidas. A senhora sempre será lembrada com carinho e gratidão. Com o meu amor e saudade eterna...

MADRINHA TERESINHA – DESTINO DE MINHAS ORAÇÕES PARTICULARES

Por José Carlos Campos Queiroz – Zelito

Madrinha Terezinha Lima Oliveira Campos iluminou meu caminho. Será sempre reconhecida como alguém que me amou e zelou durante toda a minha infância. Foi alguém incrível que a vida me apresentou. Professora civilizada e educadíssima, que trazia consigo o seu jeito peculiar em tratar bem todos os seus sobrinhos, de modo particular o seu afilhado. Mulher de coração Genuíno, uma professora maravilhosa e inspiradora, uma madrinha, tia e mãe, que lutou por tudo aquilo que acreditava, como alguém que nunca desistiu. As minhas orações particulares têm um destino: A senhora. A minha admiração e a minha gratidão não têm prazo de validade, serão para sempre. Até um dia, minha querida madrinha

ERA COMO SE UM FILHO FOSSE

Por Ademir Campos Queiroz

Dindinha Terezinha, era como eu a chamava, por ter uma amizade muito grande com seus  os filhos, Zilca, Edilson e Nivaldinho. Fui batizado por tio Nivaldo Campos, seu esposo. Tinha profundo respeito e um imenso orgulho de ser seu afilhado e me considerava como uma pessoa da casa, com livre acesso. O tratamento que recebia de Dindinha Teresinha correspondia, era como se um filho fosse.

Ela era uma professora exemplar, sábia, defensora do ensino, do estudo e da aprendizagem. Como uma guerreira, desempenhou com dignidade a sua missão. Seu objetivo era que todos os alunos, até mesmo os mais fracos, conseguissem o ápice do aprendizado. É muito difícil o professor planejar suas aulas, em tão pouco tempo, lidar com as diferenças dos alunos, a sobrecarga de trabalho em sala de aula, o comportamento extremo de alguns. Essa árdua tarefa, Dindinha Teresinha cumpriu com maestria por muitos anos. Com o seu sucesso, foi promovida ao cargo de DELEGADA ESCOLAR. Ela tinha agora uma responsabilidade ainda maior. Dar diretrizes, liderar todas as escolas do Munícipio de Brotas de Macaíbas, promover a gestão e garantir a qualidade do ensino, analisar e dar a solução aos problemas de todas as classes, com a seriedade e firmeza que cada caso exigia. Sem deixar de lado a delicadeza, o tratamento gentil e o bom relacionamento com os professores subordinados e também com os alunos, ela cumpriu com Excelência essa nova missão.

Em 1967, em uma das minhas idas à sua casa, ela me chamou e disse: “Ademir, meu filho”, vou lhe matricular na classe da Professora Maria Nirce Ribeiro. Tome muito cuidado com o seu comportamento e estude bastante, pois ela é muito exigente”. Eu respondi: pode deixar, Dindinha Terezinha, eu vou me comportar bem e estudar muito. Fiquei muito alegre, pois era na turma da professora Nirce mesmo que eu queria estudar.

Muita saudade de Dindinha Teresinha....

D. TERÊSA - MINHA ETERNA AMIGA PATROA

Por Maria Aparecida Gomes da Horta

Eu sou Maria Aparecida, " Cidinha ", para minha amiga patroa D. Terêsa. Tivemos muitos anos de amizade, cuidando uma da outra. Ela era uma pessoa admirável, de um coração muito generoso e acolhedor. Digo isso por que, em momentos difíceis que passei, me estendeu a mão amiga. Sem medo, acolheu minha mãe doente e me deu todo apoio que precisei. Até quando meu filho Davi nasceu estava sempre presente. O tempo passou, mas a sua presença nunca passará, pois ela era incrível.  Sempre tão presente comigo. A minha gratidão e saudade dela serão eternas. "Deus cuide dela assim,  como ela cuidou de nós".

ELA ERA UMA MÃE PARA MIM EM SALVADOR

Por Zilda Pereira Santos

Eu me chamo Zilda. Zildinha para D. Teresinha. Aos 15 anos de idade cheguei em Salvador e fui morar com D. Teresinha. Tive o prazer de compartilhar grande parte da vida ela, trabalhando em sua casa.  Hoje tenho 46 anos e posso dizer que ela era como uma mãe pra mim aqui em Salvador. Com ela, aprendi muitas coisas, especialmente cozinhar. Aprendi a fazer o famoso biscoito "fofão", que ela gostava tanto e fazia para seus filhos e netos e filhos. Aprendi também sobre maturidade e dela escutei conselhos sábio, que guardarei para toda a vida.

Dona Terezinha foi uma mulher incrível, generosa e de coração gigante. Quando tive minha filha, Êmile, ela nos acolheu por seis meses em sua casa e tinha um grande amor por ela. Minha filha a chamava de Vó, pois o laço que foi criado, fazia com que Emile se sentisse confortável para isso.

Lembro de quando ela me presenteou com um rádio, que eu estava precisando na época e falou para eu lembrar sempre dela, quando ela partisse para a eternidade. Sou muito grata por tudo que ela fez por mim e a carrego na memória e no coração uma lembrança bonita e muito saudosa.                 

EU TE AMO, MADRINHA

Por Magali  Coelho Almondes Barreto

 

Nesse momento, quero agradecer o convite de Zilca para participar da homenagem à minha eterna Madrinha. Começo pelo tão grandioso coração de Madrinha Teresinha, ao acolher a minha Mãe, Lindaura, que, aos quatorze anos, não tinha mais os pais. Encontrou o aconchego, o carinho, a generosidade e o amor de Teresinha Lima, chegando no ano de 1953 e ficando em sua casa por nove anos, até o seu casamento com meu Pai, Wilson Rodrigues Almondes. Eu, a primeira filha, fui presenteada com a escolha para ela me Batizar. Recebi de minha Madrinha muito amor, atenção, carinho, ensinamentos, que guardo comigo para sempre. Eu te amo, Madrinha. E vou te amar até o fim dos meus dias. Guardo as boas lembranças de nossa vida. Foi tudo tão bom! Seu coração generoso e caridoso acolheu todos os meus oito irmãos e todos a chamam de Madrinha. Sempre que nos reunimos, recordamos os momentos felizes com a senhora.  Se eu pudesse falar tudo que queria, escreveria um livro. Madrinha Teresinha, a senhora será eternamente amada por todos nós. Muita saudade...

A  MAIS SINCERA GRATIDÃO

Por Maria Nirce Ribeiro

Agradecemos à Professora Terêsa Lima Oliveira Campos por todo empenho e dedicação na formação de jovens que, como eu, tivemos o privilégio de ser seus alunos. A Professora Teresinha merece a mais sincera gratidão por marcar a nossa história, ao compartilhar conosco conhecimentos que nos têm iluminado por toda a vida. Muito obrigada, Professora

AMAVA DE PAIXÃO A PROFESSORA TERESINHA LIMA

Por Sônia Maria Rosa da Silva

Eu fui aluna da Professora Teresinha e a amava muito. Como eu era muito estudiosa e tirava sempre boas notas, ela mandava, no final do ano, bilhetinhos para meu Pai, pedindo para ele cuidar de minha saúde e me dar remédios, naquela época chamados de Fortificantes, durante as férias. Ela parecia uma Mãe para mm. Por isso eu a amava de paixão.

A NOSSA AMIZADE ERA MUTO FORTE, MUITO AMOR ENVOLVIDO

Por Edla Saldanha Silva Rosa -  Edinha

Eu sou muito feliz por ter sido aluna da competente Professora Teresinha Lima, que tratava com muito carinho a mim e meus colegas. Além de sua competência para ensinar, casada com meu primo Nivaldo Campos, me tratava muito bem em todos os momentos. Que Deus a recompense pelos atos de bondade que praticou com todos aqui na Terra. Ela era educada, uma pessoa maravilhosa. Eu fazia os bolos de aniversário de seus filhos e ela adorava e só confiava em mim para fazer os bolos, pastéis, tira-gosto, tudo para comemorar os aniversários. Eu vivia praticamente em sua casa. Ela pedia a minha Mãe para deixar nós irmos para as festas, que Seu Nivaldo fazia. Ele tocava muito bem. Minha dizia que receava meu Pai não gostar. Mas ela dizia: deixa Seu Duda comigo. E falava com ele, que logo respondia: a senhora manda e não pede. Meu Pai também gostava muito dela. Nós íamos para as festas e dançávamos a noite toda em sua casa. Eu amo todos os seus filhos imensamente. A nossa amizade era muito forte, éramos muto felizes. Sinto muita falta e uma saudade enorme dela.

ELA TRATAVA A TODOS COMO PESSOA DA FAMÍLIA

Por Valdecy Elpídio da Silva

Eu não poderia deixar de homenagear D. Terezinha. Ela era uma pessoa generosa, amiga, alegre, disponível e de bem com a vida. Tratava a todos como pessoa da família. Especialmente a mim, que era convidada para todas as comemorações em sua residência e me tinha grande consideração. Eu não me esqueço da sua bondade. O interessante é que ela veio a falecer no mesmo dia que minha Mãe. Onde ela estiver, que seja sempre abençoada. Muita luz e boas energias para ela.

ELA ABRAÇAVA COM UM SIMPLES OLHAR

Por Denide Pereira Santos

Você já conheceu alguém que lhe abraça com um simples olhar? Assim era D. Terezinha Campos. Uma mulher forte, bela, acolhedora, meiga, generosa. Colocava melodia na voz quando chamava seu nome para lhe oferecer um café, com uma das deliciosas guloseimas da sua casa, ou mesmo um ombro ou um colo amigo, numa escuta amorosa e sábia.

Prendada, gentil, adorava ocupar seu tempo com lindos bordados de ponto de cruz para presentear amigos e familiares.  Ainda guardo com carinho uma linda toalhinha para cobrir copos que ela me presenteou e me sinto privilegiada por ter merecido o seu carinho e atenção.

D. TERESINHA ESTÁ DENTRO DO MEU CORAÇÃO

Por Nádia Cerqueira

Falar de D Terezinha enche meu coração de alegria, mas também de saudades. Só tenho boas lembranças dela.

Em 1981, quando conheci seu filho Nivaldinho, tive a honra e o privilégio de compartilhar momentos felizes com a família Oliveira Campos.

 

D. Terezinha tinha um jeito simples e sereno, que logo conquistou minha admiração. Com a convivência, fui percebendo como ela era uma mulher amorosa, acolhedora e atenciosa. Era também uma mulher de fibra, determinada e não tinha receio de falar a verdade. Mas sabia falar com muita maestria e sutileza. Ela foi para mim uma referência como mulher, esposa, mãe, avó e amiga. Lembro-me muito bem de como ela cuidava com tanto carinho do neto Afonsinho.

Todos os anos, na data do seu aniversário, eu rezo por ela e sinto-me feliz porque sei que ela está dentro do meu coração.

NOSSA CONVIVÊNCIA TORNOU-SE UMA GRANDE AMIZADE

Por Aidil Bastos Teixeira

Foi um privilégio conviver com D. Terezinha e transformar essa convivência  numa grande amizade. Sempre que podia, às tardes, ia visitá-la e batíamos longos papos.  Era dócil, meiga e falava com muito carinho da família e dos filhos.

Os laços se estreitaram tanto, que as meninas que cuidavam dela, Cida e Zilda, criaram tanta confiança em mim, que me chamavam para ajudar no banho. E eu ia com o maior prazer, como se fosse sua filha.

Agradeço a Deus a confiança e a amizade que nos uniu. João Carlo, meu esposo, também sempre que podia, aferia a pressão e dava-lhe, dentro do possível, a assistência que ela necessitava e a assistiu na sua partida, juntamente com o colega da Vitalmed.

Lembramos de D Terezinha com muito carinho e pela nossa fé, acreditamos que vive num plano melhor. Mantivemos com seus familiares, a amizade que nos uniu.

No dia em que completaria seu Centenário, que nossas preces cheguem mais rápido até a Senhora.

Saudades….

 GALERIA DE FOTOS.

 

 











Colaboração: Wanderley Rosa Matos e Violeta Campos Ribeiro Villas-Bôas

Agradecimentos:

A todos que contribuíram com informações, fotos, depoimentos, especialmente, Cacilda, Nelma, Arcanja, Wânia, Alexandre, Vera – Diocese da Barra.

 


 

BROTAS HISTÓRIA - CELEBRAÇÃO DO CENTENARIO DE NASCIMENTO DE TERÊSA LIMA OLIVEIRA CAMPOS
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