BROTAS DE MACAÚBAS: A SOLIDARIEDADE EM TEMPOS DE PANDEMIA
A solidariedade é o amor em movimento. Frase simples e exclamativa dando a real dimensão por onde devemos empenhar nossos esforços. Em face ao momento de combate à Covid-19, ser solidário é um comportamento benéfico à alma e um instrumento poderoso de auxílio ao próximo. São muitos os voluntários Brasil afora mobilizados para ajudar pessoas em estado de vulnerabilidade social, idosos e vítimas de complicações em decorrência de contágio do novo Coronavírus.
As ações são diversas, indo desde a distribuição de alimentos, produtos de higiene, até consultas médicas gratuitas. A união de empresas conscientes e de cidadãos dispostos vem promovendo uma rede de solidariedade para atenuar os impactos da maior crise sanitária vivenciada pela humanidade. Vários são os bons exemplos, e tais iniciativas também chegaram em nossa querida Brotas, provando o quão generoso o brotense pode ser quando chamado a colaborar.
Por meio do Projeto Voz, Assistência, e Mobilização Social (V.A.MO.S), tendo seu nascedouro no ideário de estudantes do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), e que, em Brotas, capitaneado por Thaís Campos, tem como finalidade a distribuição de cestas básicas para as famílias cujo os perfis sociais mostram-se desguarnecidos. O primeiro passo foi dado na comunidade de Barreiro Preto, onde parte da população se viu alentada e com fôlego renovado para seguir lutando diante do cenário desolador imputado pela pandemia.
Intervenções como essa deve ser encorajada e alimentada, assim como fazem alguns comerciantes demostrando apoio ao projeto V.A.MO.S. Contudo, é necessário ampliar o alcance da medida visando atingir mais localidades em igual situação desfavorável. Logo, por que não pensar em outros empreendimentos nesse sentido? Afinal, há logística para tanto e representações coletivas à disposição. A ACIBRO, a Casa da Mulher, associações civis, igrejas e demais denominações religiosas podem firmar parceria e, ao mesmo tempo, por serem altamente capacitadas, sem dúvidas poderão validar a ideia e executá-la na prática.
As lacunas deixadas pelo poder público é a causa do desalento de um povo cansado de ouvir sobre seus direitos, na letra fria da Constituição, e nunca os ver efetivamente concretizados na lida diária. São nesses espaços que uma minoria resolve atuar movida, entre outras coisas, pelo vislumbre de enxergar uma sociedade mais humana e igualitária. E nem por um minuto isso isenta o governo, seja ele qual for, da responsabilidade perante à população bem como de atestar a sua inoperância e insensibilidade com o sofrimento alheio.
Quiçá vivêssemos em um país onde o Estado cumprisse seu papel e as pessoas não corressem o risco de ficarem sem alimentação no dia seguinte. Todavia, tristemente a realidade é oposta; e enquanto ela teimar em permanecer inalterada, é animador constatar o trabalho solidários de inúmeros sujeitos inclinados a cederem seu tempo e recursos a fim de oferecerem um pouco de dignidade a outros irmãos brasileiros em má sorte.
A lição de tudo isso é o espírito reinante do bem viver e de ter no outro uma semelhança genuína de nós mesmos. Embora em barcos diferentes, o mesmo mar nos aplaca, pronto para nos fazer imergir em mazelas e inquietações. Cabe-nos, portanto, revestir nossas embarcações e contribuir para fortalecer outras tantas, com o objetivo de fazer essa travessia com menos dor possível. Decerto, só será possível este fim se deixarmos nosso ego de lado e ter na solidariedade uma companheira em todas as horas.
Foto da Redação
18/05/2021
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