De todas as Colônias nas Américas, o Brasil era a única que a metrópole portuguesa não permitia a prática jornalística. Os colonizadores europeus só se interessavam pela exploração predatória da monocultura da cana-de-açúcar, extração de madeira, ouro e prata, através da mão de obra escravizada dos povos originários e africanos. Os poucos letrados, na sua maioria, religiosos cristãos católicos se ocupavam na conversão dos indígenas e africanos islamizados para fé católica e elaboração de relatos sobre a colônia para serem enviados a coroa portuguesa.
Durante o Império, poucos panfletos, alguns jornais começaram a ter circulação nas cidades mais populosas, sendo que a maioria eram impressos clandestinamente, por manifestar oposição ao poder moderador do Imperador e ao sistema monárquico e a favor de um sistema republicano. Os que podiam circular livremente, tinham que obrigatoriamente fazer a defesa do Império, do monarca e suas políticas, a exemplo do jornal “ Echo São Francisco” impresso na cidade da Barra do Rio Grande no final do século IXX, onde a edição 128, de 13 de maio 1877, deu destaque para um projeto de lei do Conde de La Hure, que versava sobre as garantias das terras apropriadas pelos escravocratas a não se tornarem espólio em indenizações para os escravizados alforriados ou libertos. Com o controle absoluto do Imperador sobre a recente imprensa brasileira, que se permeou como modelo no século XX, foi a de um jornalismo subserviente ao poder econômico e político e uma imprensa canalha em suas dimensões editoriais, mesmo com o fim da monarquia e a ascensão do golpe militar que veio a criar a República, esse é o modelo predominante da imprensa brasileira até os dias atuais.
BROTAS DE MACAÚBAS
Até o momento eu não tenho conhecimento de nenhum panfleto ou jornal produzido e publicado no município de Brotas de Macaúbas, antes de 1996. Esse recorte temporal é o que me permite fazer uma análise sobre os brotenses e as publicações locais até hoje. Em 1996 tomava posse na Câmara de Vereadores do município, a primeira vereadora eleita pelo Partido dos Trabalhadores – PT. A vereadora Generosa Araújo de Oliveira adotou como tática de sua estratégia de mandato popular, a publicação de um periódico denominado de “O Partido”. Obviamente que o panfleto tinha como objetivo central, informar as ações políticas do mandato da vereadora, mas, também, levava informações sobre dados orçamentário do município e a aplicabilidade dos recursos públicos. Na época, a internet não era uma ferramenta tão poderosa como os dias atuais, além de não ser acessível a todos os locais e pessoas. Os grande jornais e revistas impressos chegavam a sede do município com atraso de até cinco dias. Os únicos meios de informação de massa era o rádio através das emissoras AM e a televisão. Essa última, praticamente na sede e em alguns vilarejo onde havia energia elétrica. O periódico da vereadora era o único veículo produzido e distribuído no município com conteúdo voltado exclusivamente para os interesses dos brotenses. É claro, que houve oposição e muitas divergências e reclamações sobre os conteúdos publicados, a ponto de haver uma sessão da Câmara Municipal para debater algo que fora publicado.
A virada do milênio trouxe outras perspectivas, novos atores políticos, de criação, empreendedorismo e comunicadores. A internet se tornou a principal ferramenta de interação e relações sociais. As comunicações sofreram grandes transformações e ampliaram as formas e meios de comunicação e informação. E nesse contexto revolucionário nasce o “Brotas News”. Uma poderosa ferramenta de informação, comunicação, entretenimento e principalmente de INTERAÇÃO, com o município de Brotas de Macaúbas, o Estado da Bahia, Brasil e o mundo, pois as suas plataformas estão acessíveis na rede mundial de computadores e telefones celulares. As redes sociais permitem que todos as pessoas possam se manifestar diariamente suas posições políticas ideológicas, opiniões pessoais, religiosas, comerciais, familiares e entretenimento.
O BROTAS NEWS
É certo que as denominadas redes sociais se tornaram as principais formas de comunicação e interação com as pessoas. Porém, não é um universo sem limites, sem controle e sem lei. Existem regramentos jurídicos e políticos que determinam o que pode e o que não pode nesse universo virtual.
O BN, cresceu e consolidou suas plataformas como informativo eletrônico com princípios éticos, plurais e participativo através de seus colaboradores e patrocinadores que garantem a manutenção e a qualidade de suas publicações. A equipe técnica e os colaboradores do Brotas News têm plena consciência da necessidade de manter e garantir esses princípios para que todos os seus leitores, seguidores, assinantes e patrocinadores possam sentir-se confiantes e colaborativos com o BN, fazendo dessa plataforma, uma das principais fontes de informação, entretenimento e investimento. A pluralidade de pensamentos, ideias e posições políticas ideológicas, são marcas que identificam a nossa missão jornalística. No entanto, o BN NÃO TOMA PARTIDO em seus editoriais. A livre manifestação dos nossos colaboradores, colunistas são princípios inalienáveis da democracia, a qual respeitamos em absoluto e nos fazem ser o somos, um espaço de veiculação de pensamentos plural, livres e democráticos. Em hipótese alguma o BN aceita ataques a dignidade e a honra das pessoas. Os elogios e críticas são opiniões e posições aos atos, posições políticas, atos administrativos e atitudes praticadas na sociedade, na forma institucional e nunca à pessoa física.
A coluna “A Gente Que Faz” crida pelo professor, intelectual, Rôney Araújo, foi espaço democrático, que de forma inteligente, crítico e analítico, o Rôney expõe as percepções dos brotenses sobre as eleições no município. Óbvio, que a coluna não tem como objetivo agradar ou desagradar esse ou aquele partido, ou esse ou quele candidato ou candidata. São análises de cenários eleitorais que tem como objetivo central instigar os cidadão e cidadãs do município ao debate eleitoral. Na minha visão como seguidor do BN, às vezes crítico, em nenhuma das suas publicações, o colunista manifestou qualquer preferência por candidatos ou partido. Na minha opinião, uma das principais tarefas do BN é informar e contribuir com o debate político, para que eleitores e não eleitores possam compreender os diversos cenários das disputas eleitorais no Brasil, estado e principalmente no município.
O fato do BN e ou seus colaboradores terem ou não patrocinadores, que garante a manutenção da equipe que produz e mantem o veículo, em nada desabona suas condutas ética, moral e de imparcialidade dos seus conteúdos. Isso não quer dizer que os membros da equipe e os colunistas, não têm suas preferências e opiniões pessoais, pois são pessoas pensantes como todos os humanos, e assim sendo não são neutros. Mas, os princípios éticos dessas pessoas e do BN, separam as manifestações pessoais dos indivíduos, dos conteúdos publicados. As críticas aos conteúdos são parte justas dos nossos leitores e assinantes, no entanto, temos que separar as críticas ao que foi publicado, as críticas infundadas direcionados à dignidade, a honra das pessoas. Discordar é parte do jogo democrático, mas atacar e ofender as pessoas de forma raivosa, além de demonstrar a incapacidade de fundamentar a discordância, revela atitudes despolitizada e de ódio social.
O BN e Brotas de Macaúbas precisam de pessoas e colaboradores como Rôney, que com sua sagacidade, inteligência, criatividade e conhecimento, contribui de forma proativa para o crescimento político, econômico, cultural, intelectual dos brotenses. Impor uma mordaça ao BN e a coluna “A Gente Que Faz”, é um retrocesso que levará aos séculos IXX e XX, com uma imprensa controlada pelos coronéis escravistas e por poder monocrático imperial. O século XXI exige e precisa de uma imprensa livre, democrática, independente e proativa. O século XXI exige e precisa que haja Lucianos, Rôneys, Marias, Generosas, Paulos, Lulas, Dilmas e tantos outros e outras no exercício pleno da cidadania para consolidação da nossa ameaçada democracia. Viva A Gente Que Faz...Viva o BN...Viva Brotas de Macaúbas...Viva a Democracia!
Fala Cidadão
Por Ruben Oliveira
Da Redação, 25/01/2024
Fala Cidadão
Por Ruben Oliveira
Da Redação, 25/01/2024
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