Coluna A Gente Que Faz
Por Rôney Araújo
Os Candidatos a Vice-Prefeito Acirraram a Disputa
As convenções partidárias aconteceram e confirmaram a expectativa de todos: teremos, realmente, quatro candidatos lutando pela Cadeira Executiva. Antônio Kleber, Litercílio Júnior, Edilson Campos e Wemerson Cleiton; são essas as opções à disposição dos brotenses para o dia quinze de novembro. Se já eram favas contadas os nomes dos candidatos para prefeito, nem de longe a composição das chapas eram esperadas. Os anúncios dos postulantes ao cargo de vice-prefeito mudaram a dinâmica da eleição e bagunçaram, na melhor acepção da palavra, todo o cenário. Em outrora, esse humilde colunista atentou sobre a vitória de Dr. Kleber caso não houvesse uma junção dos demais pretendentes em uma única candidatura (aqui), todavia, aquela ideia pereceu quando, com estratégias inteligentes, escolheram figuras de peso para compor as duplas, mudando completamente a disputa. Nas próximas linhas tentarei te convencer a respeito.
Começamos pela escolha do senhor Orlando Rodrigues no time de Dr. Kleber. Aqui ficou evidente a opção pautada na segurança, pelo fato do senhor Orlando ser uma figura conhecida e possuidor de um nicho fiel de eleitores. Ele tem longa carreira na vida pública, inclusive ocupou o cargo de vice-prefeito entre 2013 a 2016. Logo, foi uma decisão pragmática do grupo klebista buscando consolidar uma parceria já testada e aprovada junto a seus apoiadores. A ousadia, em alta dosagem, pode ser perigosa, e foi respeitando essa máxima que o doutor tratou de escolher um vice conhecido pela população e de largo entendimento na seara política. Sem nenhum demérito por atuar no conservadorismo, pois, assim como a vida, o meio político é um jogo e o essencial são votos na urna, e disso Dr. Kleber entende bem, comprovando sua habilidade com a adesão do senhor Orlando.
O professor Cleiton escolheu a representatividade de Osvaldo Ribeiro como companhia na sua caminhada. Embora não tenha exercido cargo eletivo, Osvaldo, continuamente, se mostrou efetivo no seio da política de Brotas, principalmente militando no Partido dos Trabalhadores, desde a sua fundação. Ele tem a experiência vivida na retaguarda de várias eleições, ajudando e interferindo no andamento. Sem dúvidas, a equipe de campanha do PSB foi inteligente em balancear a chapa indo contra o usual, afinal, podemos considerar a dupla alinhada com uma mesma ideologia. Em tese, isso poderia ser ruim, contudo o efeito foi o contrário, pois divulga e se compromete na ideia de não se vender para ser eleito, evitando ganhar a qualquer custo, inclusive fazendo uso de métodos moralmente condenáveis. Emplacar essa linguagem será a tônica da sua empreitada e, com certeza, soa bem aos ouvidos do povo.
No outro fronte, de forma inesperada, a chapa pedetista apresentou Dilton Aécio como parceiro de Edilson, provocando um abalo na conjuntura. Dilton sempre esteve presente no panorama de Brotas, sendo notadamente prestigiado por sua capacidade intelectual e de integrar quadros importantes ao seu redor, contribuindo fortemente como os percursos trilhados pela Administração Pública brotense. Por ter tido ligação profunda com o PT, sua preferência por Edilson foi um duro golpe para a campanha de Júnior, simbolizando uma ruptura e reforçando um traço marcante de falta de diálogo da gestão petista. Ao mesmo tempo, sua presença traz robustez para a chapa e consegue intensificar às qualidades da dupla, sobretudo com a imagem de bom gestor, afinal ambos sagraram-se vitoriosos nos seus empreendimentos e podem fazer desse fato um mote diferencial para convencer o eleitorado.
O contra-golpe de Júnior veio rápido. Em sua convenção, foi anunciada o nome de Renato Souza como vice, causando um frisson de grande proporção nas pessoas. Entre críticos e simpatizantes, a opção acabou tomando conta do debate e, até hoje, é o assunto mais comentado nos grupos na internet. Renato é do ramo. Foi desde Secretário Municipal a presidente da Câmara, ou seja, sempre esteve envolvido na política brotense. Dessa vez, mudou de grupo e se junta aos petistas para tentar vencer nessa acirrada corrida. E tudo indica está bem inteirado do seu papel. Com um discurso de rara felicidade, conseguiu engajar até seus opositores, colando um narrativa de humildade e com entranhado laço emocional, apostando tudo no sentimentalismo do eleitor e na percepção que ele, Renato, é igual a todo mundo, com acertos e erros e está pronto para melhorar. Resta saber se surtirá o efeito esperado.
De fato, a eleição está aberta. Os quatros concorrentes têm boas perspectivas de triunfo e estão atentos aos movimentos, prova disso foi a escolha dos parceiros de chapa. Nunca antes na história de Brotas vimos tantos candidatos a vice-prefeito com tamanho repertório de idéias e influência política, e isso corrobora positivamente na tomada de decisão das pessoas. Antes foi possível apontar um suposto vencedor, mas hoje é totalmente impossível prever qualquer desfecho. Como já falei em outras oportunidades, a dupla vencedora será aquela possuidora de um plano de governo responsivo e eficaz, somado a uma aproximação genuína com a população, sendo emotivo e também cativando o diálogo firme e propositivo. Mas, cá entre nós, você vai votar em quem?
Fotos da Redação
18/09/2020
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