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sábado, 21 de novembro de 2020

BROTAS DE MACAÚBAS: CÂMARA SE RENOVA E SERÁ CONTROLADA PELO PARTIDO PROGRESSISTA









CÂMARA SE RENOVA E SERÁ CONTROLADA PELO PARTIDO PROGRESSISTA


Em uma das eleições mais atípicas da história do município, tendo a pandemia do novo Coronavírus como pano de fundo, onde o prefeito eleito não foi escolhido pela maioria dos eleitores, a Câmara de Vereadores de Brotas de Macaúbas conseguiu uma renovação recorde. Para a próxima legislatura, somente 33% dos vereadores foram reeleitos, correspondendo, numericamente, a menor porcentagem já registrada. No próximo quadriênio, seis congressistas estrearão no ofício oxigenando a Casa e confirmando uma tendência nacional iniciada em 2018. 

Dos sobreviventes, ficaram Zé do Curralinho, João Paulo do Buriti e Laerto, sendo esse último o mais votado do pleito. Algumas curiosidades e anomalias são recorrentes em eleições proporcionais, e dessa vez a regra novamente se  confirmou. Esses eventos nos permite conhecermos melhor como o eleitor brotense vota e como há uma disparidade entre o voto do vereador para o do prefeito, cabendo uma análise mais aproximada para entendermos o funcionamento do processo.

Se por um lado Laerto recebeu incríveis 521 votos, Tércio se elegeu com menos de um terço desse número, com míseros 148. No ranking geral, o candidato do PDT ficou em 14º, ainda assim conseguiu uma das nove cadeiras. A explicação está no quociente eleitoral, o qual dois partidos não o alcançou e abriram duas vagas para o PDT, tendo Anderson e Tércio se aproveitando da situação. Má sorte para Didica e Noel, pois, apesar de passarem dos 300 votos, amargaram a suplência.

Quem se deu bem foi o partido do prefeito eleito, o PP. Conseguiu cinco cadeiras e fez a maioria, dando tranquilidade para Dr. Kleber empreender seus projetos sem sofrer revés no Legislativo. Inclusive, dos cinco eleitos, nascerá o próximo Presidente da Casa, provavelmente liderada por Carlon. A estratégia partidária foi bem feita. Indiferentes quanto a presença do PSD na coligação majoritária, todos os candidatos do grupo optaram por disputarem pelo PP, assim concentraram o montante de votos em uma única legenda e ganharam a quinta vaga pela sobra.

Já o PT, na sua aliança com o PC do B, optou por separar os candidatos em duas legendas e pagou caro por isso. Das quatros vagas almejadas, a coligação ficou apenas com a metade e viu ainda a Professora Ivone se elegendo, derrotando Didica na Serra. Outro fato chamativo foi constatar a força de Alessandro em tirar 80 votos no Buriti, reduto de João Paulo; e Johnson,  82, no Novo Horizonte, colégio de Laerto. Sem dúvida faltou coordenação na montagem de um plano frente a essas brechas impondo à coligação uma derrota marcante.

A autocrítica precisa chegar também no PSB. O partido sequer conseguiu chegar no quociente eleitoral, mesmo com dois candidatos, em tese, com boa votação. Noel e, principalmente, Zelito decepcionaram. O serrano viu seu apoio derreter e teve pouco mais de uma centena de votos. Talvez permeie na sua cabeça a dúvida se realmente isso aconteceria se ele tivesse permanecido ao lado do atual prefeito. Noel, por sua vez, foi alvo da sua própria inconstância; e se caso for verdade sobre o apoio velado para Dr. Kleber, o qual o acusam, o insucesso deve ter sido mais amargo.

Vale ressaltar as figuras conhecidas que ficaram pelo caminho. Como, por exemplo, o ex-prefeito Arilton, o famigerado Negão da oficina, o pastor Aldevan, Wilson da farmácia, Deodatinho e o irreverente Fernando; contudo esse, pelas circunstâncias, teve uma votação razoável.  Todos eles tinham boas expectativas mas, por razões diversas, não lograram êxito. No caso de Wilson e Deó, nem a Mata, nem a Vila do Ouricuri, os quiseram como representantes, não importando o fato dos candidatos serem naturais das referidas comunidades. 

O movimento trazido no dia 15 de novembro quis dizer algo; se a renovação é um dos recados, parece haver também uma mudança em curso de negação do voto para vereador. Basta olharmos para as abstenções, votos brancos e nulos. A imagem consolidada da utilidade da figura desses atores precisa ser desconstruída. Hoje, uma parcela importante dos brotenses enxerga o vereador como um sujeito inativo, lucrando um bom salário sem fazer nada de expressivo. Embora seja enganosa a crença, os próprios contribuíram no fortalecimento da ideia. Deste modo, essa coluna deseja boa sorte para os eleitos e que eles trabalhem decentemente; assim esse retrato distorcido se afastará do imaginário da população.


Fotos da Redação

21/11/2020  

 

BROTAS DE MACAÚBAS: CÂMARA SE RENOVA E SERÁ CONTROLADA PELO PARTIDO PROGRESSISTA
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